O que a Igreja pode dizer a um mundo que perde as raízes religiosas
Roma – (Quinta-feira, 05-03-2015, Gaudium Press) – O desenraizamento do religioso está cada vez mais frequente. A secularização desenvolve-se em muitos países do Ocidente e a Igreja vive um momento delicado tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Alguns especialistas de todo o mundo se reúnem em Roma para enfrentar esta nova era.
Charles Taylor, autor do livro “A Secular Age”, afirma que “Não podes comportar-te no século XXI como te comportarias na Europa do século XV”. Ele participa do Congresso Internacional “Renovar a Igreja na era secular”, organizado pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma.
O Encontro tem o objetivo de estudar como a Igreja deve falar a um mundo cada vez menos comprometido com a religião.
Frei George Mclean, do “Council for Research in Values and Philosophy”, dos Estados Unidos, e participante do Congresso patrocinado pela Universidade Gregoriana de Roma afirma que “Todas estas coisas não estão ditadas por fórmulas matemáticas mas por experiências únicas. Trata-se de chegar aos demais, de ajudar, de atuar”.
As mudanças culturais são constantes na história. Ainda há pouco, nos anos 60, o mundo viveu uma verdadeira revolução cultural.
Atualmente outra mudança está em curso e faz parte dessa ‘revolução’ a marca da tecnologia e a proliferação das redes sociais, capazes de espalhar as mentalidades nelas difundidas.
Chama a atenção a afirmação de alguns especialistas que asseguram que ainda que algumas pessoas afirmem não ter religião, existe um profundo sentido espiritual na vida delas. Sentido que é próprio da natureza humana.
“Existe um sentido de procura, de busca, capaz de fazer algo bom, algo criativo, fazer com que minha vida valha a pena de ser vivida. Fiz algo, contribuí”, diz Frei George Mclean.
O Congresso terá a duração de dois dias. (JSG)
Da Redação Gaudium Press, com informações RomeReports
Deixe seu comentário