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Missa reúne a chilenos e argentinos aos pés de imagem do Cristo del Tromén

Redação (Quarta-feira, 04-03-2015, Gaudium Press) Mais uma vez chilenos e argentinos se encontraram no último final de semana para celebrar uma Missa que há 65 anos ocorre na fronteira Mamuil Malal de Curarrehue, onde se encontra o venerado Cristo del Tromén, e onde ano a ano se unem milhares de peregrinos procedentes de ambos países.

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A Santa Missa, celebrada sob os pés da venerada imagem de Jesus Crucificado, foi presidida por Dom Francisco Javier Stegmeier, Bispo de Villarrica, Chile, e concelebrada por Dom Virgilio Bressanelli SCJ, Bispo de Neuquén, Argentina, que expressou: “É belo saber que em distintas partes desta cordilheira seguiremos celebrando nossa irmandade. Isto quer dizer que realmente as fronteiras não foram feitas por Deus mas pela realidade humana. Somos uma família só, família de Deus. Celebremos sempre ser irmãos entre nós para que não haja cordilheiras que nos dividam”.

Por sua vez, o Bispo de Villarrica agradeceu a presença dos milhares de fiéis que se reuniram na fronteira (calculam-se mais de 2 mil), assim como as paróquias do Chile e Argentina que organizaram a peregrinação. Ao concluir a Missa, o prelado anunciou que a Celebração Eucarística será realizada anualmente no primeiro domingo de março.

Somente em uma ocasião não foi realizada esta celebração, e foi no ano de 2010, ano do terremoto no Chile. Como recordou o Diácono Fernando Javier Gómez, da paróquia de Nossa Senhora das Neves de Junín dos Andes, Argentina, “a única vez que o encontro não pode ser realizado foi em 2010, por causa do terremoto que assolou o país trasandino. No entanto, ambos povos continuamos incluindo esse sexagésimo encontro em nossas memórias já que não ocorreu fisicamente, mas o fizemos espiritualmente”.

A Eucaristia na fronteira nasceu em fevereiro de 1950, quando o sacerdote Francisco Subercaseaux, primeiro chileno capuchinho, que então era pároco de Pucón e missionário na Araucanía Chilena -posteriormente foi Bispo de Osorno-, abençoou a imagem do Cristo Crucificado de Tromén.

O propósito do sacerdote era fortalecer as relações de paz entre Argentina e Chile, países que naquele então enfrentavam uma forte disputa limítrofe. A partir dali, todos os anos se reúnem as comunidades de Junín dos Andes, Curarrehue, Pucón e Villarica, que rezam pela paz e recordam ao Padre Subercaseaux.

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O sacerdote, que nasceu em Santiago do Chile no dia 23 de setembro de 1908 e faleceu em Pucón no dia 04 de janeiro de 1982, já foi declarado venerável pelo Papa Francisco. É recordado pelo seu trabalho missionário que se destacou por sua proximidade com o povo mapuche e também porque recorreu a pé largas distâncias pelas planícies e cordilheiras.

Várias são as obras que ele promoveu, como o Mosteiro de Santa Clara das Irmãs Capuchinhas, o Hospital de São Francisco (fundado em 1947), a gruta de Nossa Senhora de Lourdes em Pucón, além do Cristo del Tromén, entre outras. (GPE/EPC)

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