Presidente da Comissão Episcopal de Educação Católica da Argentina critica manual de educação sexual do governo
Buenos Aires (Sexta, 31-07-2009, Gaudium Press) O presidente da Comissão Episcopal de Educação Católica e arcebispo da cidade argentina de La Plata, Héctor Aguer, criticou por meio de um documento divulgado na imprensa do país o manual de educação sexual que o governo federal cogita distribuir para os professores nas escolas.
O prelado, segundo a imprensa, classifica o manual de ‘neomarxista’ e ‘reducionista’ no que diz respeito à sexualidade. O texto de dom Héctor não foi publicado na página da Conferência Episcopal Argentina na internet.
“A tão citada neutralidade religiosa do Estado no âmbito educativo, o célebre laicismo escolar, não é compatível com a imposição de uma dogmática construtivista e ateia que resulta em uma espécie de religião secular, alheia à tradição nacional e aos sentimentos cristãos da maioria das pessoas”, diz o texto.
O prelado afirma que o manual é a ‘desconstrução de um conceito de sexualidade de acordo com a ordem natural e com a tradição cristã’, ainda segundo a imprensa argentina.
“(O manual) é uma imposição totalitária do Estado, já que nenhuma de suas propostas leva em conta a liberdade de consciência, tanto de alunos como de pais, garantida pela Constituição”.
O arcebispo de La Plata ainda teria questionado o manual por estimular ‘em meninos e adolescentes o direito ao sexo como um direito humano, sem referir amor e responsabilidade, o matrimônio e a família como projeto de vida’.
Histórico
Em fevereiro de 2007, segundo o diário argentino Clarín, a Conferência Episcopal Argentina apresentou seu próprio manual de ‘educação para o amor’, apontado como uma alternativa às orientações ‘reducionistas’ do Estado.
O Congresso Nacional argentino aprovou em 2006 uma lei que determina a educação sexual nas escolas públicas, privadas e laicas. O Manual de Formação dos Professores, com capítulos dedicados à educação sexual e à prevenção contra a Aids, é distribuído desde 2007.
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