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Em artigo, Cardeal de São Paulo comenta o período quaresmal

São Paulo (Quinta-feira, 26-02-2015, Gaudium Press) “A Quaresma nos coloca diante das questões fundamentais da nossa vida: como devemos viver e nos relacionar com Deus e com o mundo? Quais são as referências que devem orientar de maneira segura nossos passos na vida cristã?”

Essas são as palavras do Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, que descreve em seu mais novo artigo como nós, cristãos, devemos nos portar no período quaresmal.

Ao comentar o Evangelho das tentações de Jesus no deserto, no 1º Domingo da Quaresma, Dom Odilo disse que “a vida do homem neste mundo é confrontada continuamente com escolhas pequenas ou grandes, fundamentais ou secundárias”.

“A Quaresma nos convida a fazermos nossas escolhas por Deus, de maneira consciente e generosa e, por isso, a firmar nossas convicções, fundamentando-as solidamente na união e na sintonia com Deus”, afirmou.

O conceito de “tentação”, prosseguiu, “muitas vezes, é usado de maneira superficial e se torna motivo de sorrisinhos depreciativos; parece referir-se a questões transgressivas na boa educação e nos bons costumes; nem sempre se compreende o significado problemático da verdadeira tentação, que envolve escolhas fundamentais na vida”.

Segundo o purpurado, “somos tentados continuamente; e a tentação, da qual falam a Igreja e o Evangelho, é coisa séria; nela está sempre em jogo a nossa escolha por Deus ou contra Deus”.
Além disso, Dom Odilo destacou o conceito de “combate”, presente nesse tempo da Quaresma:

“Nossa vida é uma luta constante para superarmos as insídias do tentador e para nos mantermos firmes nas nossas escolhas por Deus e por seus caminhos, para alcançarmos a vida e a felicidade. A vigilância e a oração são recomendadas por Jesus: ‘vigiai e orai, para não cairdes em tentação’ (cf Mc 14,38). Vigilância é o estado de alerta e de discernimento sobre o que se passa em nós e ao nosso redor.”

Finalizando seu artigo, o Cardeal lembrou que “a oração é a contínua busca da comunhão e sintonia com Deus, como o próprio Jesus fez no Horto das Oliveiras, antes de enfrentar o combate final e os sofrimentos de sua paixão e morte”. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese de São Paulo

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