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"Que a transfiguração do Senhor nos oriente no bom caminho", diz o Bispo de Novo Hamburgo

Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (Terça-Feira, 24/02/2015, Gaudium Press) Dom Zeno Hastenteufel, Bispo da Diocese de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, em um artigo escrito recentemente falou sobre o trabalho gratuito e voluntário a serviço de Deus. Para ele, a Igreja continua com o seu esforço no sentido de implantar a fraternidade, o que seria redescobrir a nossa dimensão de serviço, trabalhando gratuita e voluntariamente a serviço de Deus, da Igreja e dos irmãos.

De acordo com o Prelado, a liturgia deste domingo, o segundo da Quaresma, nos leva duas vezes a subir a uma alta montanha. Ele afirma que na primeira leitura, encontramo-nos com o relato do Gênesis, em que Abraão leva o seu filho único para oferecê-lo a Deus, demonstrando assim claramente sua confiança no Senhor e sua disposição para agradar até o extremo.

Dom Zeno recorda que lá na montanha, Abraão ouviu a voz do Anjo que lhe disse: “Juro por mim mesmo, uma vez que agiste desse modo e não me recusaste teu filho único, eu te abençoarei e tornarei tão numerosa a tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar” (Gn 22,16-17).

Já no Evangelho deste domingo, o Bispo ressalta que nós nos encontramos com a cena extraordinária da transfiguração do Senhor. Conforme ele, o texto diz: “Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e os levou a um lugar à parte sobre uma alta montanha. E transfigurou-se diante deles. Suas roupas ficaram brilhantes e tão brancas como nenhuma lavadeira sobre a terra poderia alvejar” (Mc 9,2-3).

Percebe-se que não há palavras humanas para descrever exatamente o que aconteceu. Jesus assumiu um aspecto novo, indescritível. Ele estava transfigurado. Tinha assumido o seu corpo glorioso e divinizado. Estava conversando com Moisés e Elias, há muito tempo falecidos, mas que entram em diálogo com o Senhor transfigurado. São eles os representantes da Lei e dos Profetas do Antigo Testamento.

Outro aspecto refletido pelo Prelado é que os apóstolos, previamente escolhidos, foram testemunhas oculares desta cena sobrenatural e ficaram cheios de medo e não sabiam mais o que dizer, porém sentiam-se bem. Segundo ele, estavam num clima celestial, tanto que Pedro chegou a dizer: “Mestre, como é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias” (Mc 9,5).

“Os apóstolos não pensavam mais em si próprios. Estavam dispostos a ficar ao relento. Mas queriam que esta cena divina fosse perpetuada. Lá na montanha, eles sentiram o encontro com Deus. A cena da transfiguração termina, com uma nuvem que os encobriu a todos, e da nuvem saiu uma voz que dizia: ‘Este é o meu Filho amado. Escutai o que Ele diz'”, lembra.

Para finalizar, Dom Zeno afirma que ao descerem da montanha Jesus insistiu que não contassem a ninguém do que tinham visto e ouvido, antes que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos. Para ele, era uma cena de preparação à Páscoa, exatamente o que nós estamos fazendo na quaresma. “Que a transfiguração do Senhor nos ajude e nos oriente no bom caminho”, diz. (FB)

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