Novo comandante da Guarda Suíça afirma estar preparado para proteger ao Papa
Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 20-02-2015, Gaudium Press) A Guarda Suíça é o corpo de segurança do Papa desde 21 de janeiro de 1506 e está preparada hoje para continuar cumprindo esta missão, inclusive diante das ameças de grupos extremistas, segundo indicou ao jornal italiano Il Giornale o novo Comandante, Coronel Christoph Graf: “Estamos prontos para intervir. Nossa tarefa é a segurança e estamos bem organizados”.
Depois da recente nomeação do Coronel Graf e das declarações de membros de grupos terroristas sobre sua intervenção de atuar em Roma, o novo comandante indicou ao diário que “temos pedido aos guardas para que estejam mais atentos, observem bem o movimento das pessoas”, como medida preventiva. A Santa Sé não conta com um corpo de inteligência próprio que lhe permita antecipar um ataque, mas pode estar segura da fiel defesa que oferecerão os 150 homens cuja missão é proteger ao Papa. “Estamos prontos se acontecer qualquer coisa”, expressou Graf em sua declarações reproduzidas por Religión en Libertad.
Apesar de que os Guardas Suíços possam parecer a alguns simplesmente uma chamativa tradição do Vaticano, o certo é que seus membros demonstraram sua valentia e destreza militar em vários momentos da história. O fato histórico mais notável aconteceu no dia 06 de maio de 1527, quando os 150 soldados da Guarda Suíça repeliram um ataque de cerca de mil adversários espanhóis e alemães, defendendo efetivamente ao Papa Clemente VII na Basílica de São Pedro, defendendo primeiro o templo e depois fechando o círculo de defesa entorno do Papa no Altar Maior, permitindo que escapasse do ataque por uma passagem ao castelo de Sant’Angelo. Esse dia somente sobreviveram 42 guardas e o heroísmo deste pequeno corpo militar é comemorado anualmente a cada dia 06 de maio.
Os Guardas Suíços na atualidade recebem adestramento militar e manejo de armas como fuzil (o SIG 550) e pistola (SIG Sauer P220 y P226), e conservam a tradição no manejo de espada e alabarda. Além destas habilidades, são treinados em defesa pessoal e tática de guarda costas para a defesa de chefes de estado ao redor do mundo. Seu traje conserva as cores da Casa della Rovere a qual pertencia o Papa Julio II, reinante no momento de fundação da Guarda Suíça e quem pediu aos nobres suíços o apoio necessário para sua segurança pessoal. Por este motivo é considerado um dos uniformes militares ativos mais antigos do mundo.
Sobre o futuro desta particular força militar, o Coronel Graf indicou que sua única preocupação é a possível dificuldade para “encontrar guardas suíços e isto depende também da situação da Igreja e da Fé, além da questão da (baixa) natalidade”. Os Guardas devem cumprir além de requisitos como estatura, adestramento militar básico, o de ser católicos e solteiros, com uma reputação intocável. “Meu sonho é ter guardas a disposição na Suíça, jovens que tenham a vontade de vir aqui para servir ao Papa”, comentou Graf. (GPE/EPC)
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