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Vaticano critica o uso da pílula abortiva Ru486

Roma (Sexta, 31-07-2009, Gaudium Press) Após dois anos de intensos debates e uma longa reunião ontem do conselho de administração da Agência de Medicamentos italiana, o uso da pílula abortiva Ru486, que é tratada como alternativa para o aborto cirúrgico, foi legalizado na Itália. Ainda há dúvidas se a decisão é “compatível com a lei 194”.

A pílula Ru486 será usada sob controle médico somente nos hospitais, não comportando o uso domiciliar. A Agência assegura que tudo será feito conforme a lei e com controle. Mas há ainda dúvidas sobre questões da segurança da saúde das mulheres. Não se fala nada sobre casos mortais após o uso do medicamento.

O presidente honorário da Pontifícia Academia Pró Vida, monsenhor Elio Sgreccia, diz que “este é um composto que mata o feto, imposto sob pressão da companhia farmacêutica. É um encorajamento para abortar. É inaceitável, comporta a excomunhão automática”. Em seguida, explica: “Respeito. Parece-me normal e compreensível para a Igreja equiparar a pílula aos outros métodos abortivos”.

Também os políticos na Itália estão divididos. Alfredo Montavo, subsecretário de Interior, diz que a “pílula é um instrumento que mata”. Por outro lado, Giorgia Meloni, ministra da Juventude, pede para que se faça “tudo o possível para prevenir qualquer aborto. Se depois não se consegue convencer uma mulher a evitar o aborto, pode-se aceitar um instrumento que causa uma intervenção menos invasiva, menos dolorosa, menos lacerante”.

 

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