"A Quaresma nos convida à conversão", diz o Bispo de Erechim
Erechim – Rio Grande do Sul (Quinta-Feira, 19/02/2015, Gaudium Press) Dom José Gislon, Bispo Diocesano de Erechim, no Rio Grande do Sul, escreveu o artigo “Fraternidade e Serviço”. No texto, ele diz que pela graça de Deus, nesta semana, na liturgia, na Igreja e na nossa vida pessoal, iniciamos o tempo da Quaresma, que nos convida à conversão em preparação à Páscoa do Senhor. Para o Prelado, seria oportuno que cada fiel fizesse deste tempo um momento especial em sua caminhada de vida espiritual.
De acordo com o Bispo, no Brasil, há mais de 50 anos, a Quaresma é marcada pela Campanha da Fraternidade, que tem abordado temas pertinentes da nossa realidade brasileira. Ele afirma que não podemos esquecer que há uma relação muito estreita entre a missão específica da Igreja, recebida de Cristo, de anunciar a Boa Nova da Salvação a todos os povos e a responsabilidade de colaborar com a sociedade.
“O compromisso com a sociedade faz parte da sua missão, ela não pode deixar de ser profética, pois seria omissa diante de Deus, estaria traindo a missão que recebeu do Senhor Jesus. O profeta na Bíblia é o homem de Deus, aquele que anuncia a paz e a esperança e aponta o caminho a seguir. Mas também denuncia a falta de fidelidade do povo e as injustiças que ferem a dignidade de povo de Deus”, acrescenta.
Ainda segundo Dom Gislon, a Campanha da Fraternidade deste ano, cujo tema é Fraternidade: Igreja e Sociedade, com o lema “Eu vim para servir”, propõe o serviço da Igreja à humanidade, sendo ativa, consoladora, misericordiosa e samaritana. Ele explica que é um convite dirigido para todos os fiéis, com o intuito de unirem suas forças e trabalharem para que as estruturas, as leis e a organização da sociedade estejam a serviço de todos, a exemplo de Cristo que veio para servir e não para ser servido (Mc 10,45).
Por fim, o Prelado salienta que conscientizar os fiéis para a responsabilidade de cada um com o Evangelho é fundamental para combatermos a cultura da indiferença que se reflete na falta de amor pelo próximo, na falta de espírito de comunidade. Conforme ele, a perda do espírito comunitário leva ao isolamento e ao fechamento, abandonamos as relações familiares e comunitárias, os princípios éticos e morais que nos foram transmitidos pelos nossos pais.
“O cristão que descuida dos seus deveres temporais, falta aos seus deveres para com o próximo e até para com o próprio Deus, e põe em risco a sua salvação eterna” (GS 43).
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