Santo Padre lembra: “do coração do homem saem todas as maldades”
Cidade do Vaticano – (Quarta-feira, 18-02-2015, Gaudium Press) – O Papa Francisco desenvolveu sua homilia na Capela da Casa Santa Marta tendo como base um trecho do Gênesis, que mostra a ira de Deus pela maldade do homem e que preanuncia o dilúvio universal.
O homem, disse o Papa, “parece ser mais poderoso do que Deus”, “é capaz de destruir as coisas boas que Ele fez”.
Nos primeiros capítulos da Bíblia, prosseguiu, há muitos exemplos em que o homem mostra a sua maldade. Um mal, disse, que se aninha no íntimo do coração: Sodoma e Gomorra, a Torre de Babel e episódios mais.
Somos capazes de destruir inclusive a fraternidade, afirmou, mostrando a história de Caim e Abel nas primeiras páginas da Bíblia.
“Destrói a fraternidade. É o início das guerras. Os ciúmes, as invejas, tanta avidez de poder, de ter mais poder. Sim, isso parece negativo, mas é realista. Peguem um jornal, qualquer…qualquer um. 90% das notícias são de destruição. Mais de 90%. E isso o vemos todos os dias”.
Jesus, disse o Pontífice, nos recorda que “do coração do homem saem todas as maldades”. Há sempre uma “vontade de autonomia”: “eu faço o que quero e se eu quiser isso, o faço! E se para isso tiver que fazer uma guerra, eu faço!”
Porque somos assim
“Mas por que somos assim? Porque temos essas possibilidades de destruição, este é o problema. Capacidade de destruição. E isso não vem do próximo: vem de nós! ‘Todo desígnio do seu coração era continuamente mau’. Nós temos esta semente dentro, esta possibilidade. Mas temos também o Espírito Santo que nos salva, eh! Mas devemos escolher, nas pequenas coisas”.
E se a maldade está também nas pequenas coisas, o Papa lembrou das bisbilhotices, de quem fala mal do próximo: “também na paróquia, nas associações”, quando há “ciúme” e “invejas” e talvez se conta tudo para o pároco. “Isso é a capacidade de destruição que todos nós temos”.
É sobre isso que “a Igreja, às portas da Quaresma, nos faz refletir”, disse Francisco. (JSG)
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