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Santa Sé publica novas diretrizes para a preparação de homilias

Cidade do Vaticano (Terça-feira, 10-02-2015, Gaudium Press) A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos apresentou o novo Diretório da Homilética, um recurso para os sacerdotes que busca apoiar o processo de preparação das pregações e desta maneira contribuir para uma melhor celebração do Sacramento da Eucaristia. O texto foi apresentado pelo Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Robert Sarah, e seu Secretário, o Arcebispo Arthur Roche em uma coletiva de imprensa no Vaticano no dia 10 de fevereiro. O Cardeal Sarah recordou que a preparação adequada de uma homilia “demanda estudo, oração, experiência de Deus, conhecimento da comunidade a qual se dirige, amor aos santos mistérios e amor pelo corpo vivo de Cristo que é a Igreja”.

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Cardeal Robert Sarah, Prefeito da Congregação para o Culto Divino
e a Disciplina dos Sacramentos. Foto: Paval Hadzinski

“O diretório não nasce sem um por que” comentou o Purpurado, que assinalou que o documento é “uma resposta ao desejo de melhorar o serviço próprio dos ministros ordenados na pregação litúrgica”, exposto pelos Bispos nos Sínodos de 2005 e 2008. O Papa Bento XVI registrou esta vontade de promoção da preparação adequada das homilias em suas exortações Sacramentum Caritatis e Verbum Domini, razão pela qual o Dicastério iniciou a preparação do Diretório, que recolhe também o expressado pelo Papa Francisco, que dedicou uma parte importante de sua exortação Evangelii Gaudium a este tema.

O Cardeal Sarah recordou que apesar de a homilia não ser a parte mais importante da Eucaristia, cujo centro é o sacrifício do altar, muitos fiéis lhe dão muita importância a ponto de qualificar com base na pregação do sacerdote a totalidade de sua experiência. O novo Diretório busca definir o que é a homilia, o tipo de atenção que requer, os conteúdos que devem ser abordados e os conselhos sobre como podem elaborar-se para um melhor serviço à comunidade de fiéis.

As características de uma boa homilia

Após a introdução do Cardeal Sarah, o Secretário da Congregação, Dom Roche expôs alguns aspectos do Diretório, como a relação do ministério da pregação com o Sacramento da Ordem e os princípios básicos do mesmo. “Como uma regra geral, a homilia não deveria ser improvisada”, recordou. “A Igreja espera que o pregador reanime continuamente em sua mente e em seu coração aquelas coisas que são necessárias para esta tarefa”. O prelado recomendou a compreensão da Doutrina, a consulta dos textos litúrgicos, o desenvolvimento de habilidades de comunicação e a atenção às necessidades particulares da comunidade que se reúne em oração.

“Certamente este diretório não irá resolver todos os problemas ou desafios relacionados com a homilia”, indicou Dom Roche. “Mas esperamos que seja um instrumento útil no treinamento e na formação contínua daqueles que estão chamados a pregar na Sagrada Liturgia”.

O Secretário do Dicastério recordou os cinco princípios assinalados pela Introdução ao Lecionário para uma boa homilia. Se a homilia não cumpre estas condições, “inclusive se é um pregador treinado (…) será um mal pregador. O bom pregador, por outro lado, inclusive se não é o pregador mais talentoso, pode fazer precisamente estas coisas”, afirmou o Secretário: “Pode nos levar a um melhor entendimento da revelação de Deus, pode nos abrir o coração para dar graças a Deus, pode fortalecer nossa Fé, pode preparar-nos para uma frutífera comunhão sacramental com Cristo e pode exortar-nos efetivamente a viver a vida cristã de uma maneira genuína”. (GPE/EPC)

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