"Jesus falava com autoridade porque vivia o que pregava", diz o Bispo de Cachoeira do Sul
Cachoeira do Sul – Rio Grande do Sul (Quinta-Feira, 05/02/2015, Gaudium Press) “Ainda é possível confiar” é o nome do mais recente artigo de Dom Remídio José Bohn, Bispo da Diocese gaúcha de Cachoeira do Sul. Na reflexão, ele afirma que uma das melhores sensações da vida é ter a certeza de que podemos confiar em alguém. Segundo ele, ainda é possível confiar, porque ainda há pessoas confiáveis, e isso dá paz e serenidade.
O Prelado cita ainda uma frase de M. O’Brien: “A confiança é contagiante. A falta dela também”. Para ele, essa sensação se torna cada vez mais rara, porque em todos os círculos há um crescimento de fatos que desabonam a identidade de muita gente, onde o discurso e a prática se contradizem, e se vai generalizando a falta de confiança.
Dom Remídio acredita que isto desafia a uma profunda análise de nossa conjuntura humana. Conforme ele, sem dúvida alguma, o critério básico para esta análise se encontra na Palavra de Deus, especificamente em Mc 1, 29-39, que compara a ensinamento de Jesus com o dos “doutores da Lei”.
O Bispo recorda que Jesus tinha por hábito ensinar a Palavra de Deus nas sinagogas nos dias de sábado; o seu ensino, porém, era diferente do ensino das autoridades religiosas da época, pois ele era a expressão clara de sua vida prática, a ponto de todos perceberem que o que Ele falava, estava perfeitamente em sintonia com o que vivia.
“Os que o ouviam, ficavam admirados com sua postura e identidade, porque conseguia convencer os ouvintes, que viam nele autenticidade e fidelidade. Percebiam com clareza a diferença radical que havia entre o modo de ensinar dos escribas e fariseus e a segurança e força com que Jesus declarava a sua doutrina”, destaca.
Além disso, o Prelado salienta que Jesus falava com autoridade porque vivia o que pregava e pregava o que vivia. De acordo com Dom Remídio, Jesus amava e seu amor era a fonte principal de sua autoridade. Ele também possuía um coração compassivo e acolhedor, sem as burocracias dos “grandes homens”.
“Essa é a humanidade que devemos buscar, esse é o nosso exemplo maior. Na vida de Jesus não havia contratestemunho, como na dos escribas. Ele ensinava com competência e coerência. Seus frutos demonstravam o poder de Deus que realmente mudava as circunstâncias negativas na vida das pessoas. Esse é o testemunho que Jesus nos deixou, com as suas obras e com as suas palavras.”
Para finalizar, o Bispo afirma que esta é a origem da sua autoridade, que ainda hoje nos desafia a contínuos exames de consciência. Para ele, permanece o ditado: “a palavra comove, mas o exemplo arrasta”. (FB)
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