A presença da Vida Consagrada na Terra Santa

Jerusalém – Israel (Quarta-feira, 04-02-2015, Gaudium Press) A Terra Santa foi desde os primeiros séculos de cristianismo um lugar natural de peregrinação entre os católicos. Por isto não é de estranhar que numerosas comunidades religiosas desejem participar da vida de Fé Cristã no mesmo lugar no qual Jesus pregou e deu a vida por todos os homens. Por ocasião da recente Jornada Mundial da Vida Consagrada, celebrada no dia 02 de fevereiro, o Patriarcado Latino de Jerusalém destacou o testemunho dos consagrados em seu território, oferecendo um balanço das características desta presença de serviço e adoração.

Os religiosos franciscanos da Custódia da Terra Santa são por privilégio e missão da Igreja a ordem mais emblemática dos Santos Lugares. Foto: Gustavo Kralj / Gaudium Press

“A Igreja Católica na Terra Santa é enriquecida pela presença de muitas ordens e congregações que vieram dar testemunho e servir na Igreja Mãe de Jerusalém”, recorda o Patriarcado Latino em seu serviço informativo. “De acordo com seus próprios carismas, eles recebem e cumprem missões de oração, testemunho, caridade, educação e irmandade”. O Patriarcado destaca a presença da Custódia da Terra Santa, instituição franciscana a qual foi encomendado especialmente pela Igreja o cuidado dos Santos Lugares. Além desta missão particular, a presença na Terra Santa remonta ao ano 1217.

Homens e mulheres de Deus

Além deles, existem 30 ordens e congregações masculinas presentes na Terra Santa, que desenvolvem um amplo espectro de atividades desde a adoração em mosteiros contemplativos até o apoio de missões de educação, saúde e programas sociais. “Entre as maiores congregações estão os Salesianos, os Irmãos de La Salle, os Beneditinos da Dormição, os Padres Dominicanos na Escola Bíblica, os Trapenses de Latroun, os Missionários do Verbo Encarnado em Gaza, os Carmelitas em Haifa (presentes desde 1631) e os Padre Blancos.

O número de ordens femininas supera amplamente as de religiosos varões: na jurisdição do Patriarcado Latino de Jerusalém se encontram 73 congregações e ordens de religiosas. Entre elas se destaca a das Irmãs do Rosário, fundadas na Terra Santa em 1880 pela Beata Marie Alphonsine Ghattas, que será canonizada em breve. A primeira congregação feminina a marcar presença no território foi a das Irmãs de São José da Aparição, que chegaram em 1848 e ainda administram escolas e hospitais, além de servir em paróquias e em um lar de anciãos.

73 ordens religiosas femininas se encontram presentes na Terra Santa.  Foto: Gustavo Kralj / Gaudium Press

Outras congregações femininas com grande representação são as Carmelitas de Belém no Mosteiro da Santíssima Virgem de Jesus Crucificado, as Irmãs Franciscanas do Imaculado Coração de Maria, as Irmãs de Santa Doroteia, as Monjas de Belém em Bet Gemal e Deir Rafat, as Franciscanas Missionárias Irmãs de Maria, entre outras.

Esta abundante presença em um território relativamente pequeno mostra a grande importância espiritual que Jerusalém e a Terra Santa tem para a Igreja Católica. “Que diretor de uma congregação, que fundador, que Abade não sonhou em começar uma congregação na Terra Santa ou Jerusalém, para adorar a Deus na vizinhança dos Santos Lugares, para protegê-los e mantê-los?”, questiona o artigo. (GPE/EPC)