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Sacerdote filipino diz que ‘chamado de Deus’ motivou sua candidatura à presidência

Manila (Quinta, 30-07-2009, Gaudium Press) O governador da província filipina de Pampanga e sacerdote – por ora suspenso do ministério sacerdotal – disse em encontro com a imprensa católica na semana passada que sua candidatura à presidência, em maio do ano que vem, foi motivada por um ‘chamado de Deus’.

De acordo com a Conferência Episcopal das Filipinas (CBCP), o sacerdote resolveu se distanciar da carreira eclesiástica para concorrer ao pleito e afirmou que deve pedir formalmente à Igreja Católica por uma ‘dispensa’ antes de oficializar sua candidatura, em novembro.

“Não faço isso por mim, para mim. Senti que Deus desejava que eu conseguisse um posto mais alto”, disse na ocasião. “Alguns grupos me disseram para pleitear o cargo e mesmo assim vou orar de novo. Depois de um período de discernimento, sim, Deus está me chamando para concorrer à presidência”.

O pré-candidato afirmou estar ‘pronto para todas as consequências’ e que abrirá mão do sacerdócio que ‘tanto ama por um amor maior, que é o amor pelo país’.

O diretor do setor de dispensas do episcopado filipino e arcebispo de Lingayen-Dagupan, dom Oscar Cruz, afirmou, segundo a conferência dos bispos do país, que, se o Papa Bento XVI ‘dispensá-lo’ das obrigações clericais, o sacerdote será liberado, mas não poderá reaver o ministério sacerdotal.

No entanto, o religioso reiterou que gostaria de voltar às atividades sacerdotais, caso perca a corrida presidencial. Se eleito, disse que o desemprego, a pobreza, corrupção e a desnutrição estão entre suas prioridades.

“Eu convoco todos os defensores da boa governança e as lideranças éticas do país para apoiar essa candidatura e essa campanha. Trabalhemos juntos, porque isso é para você (povo)”.

Outros casos

O bispo emérito paraguaio Fernando Lugo foi suspenso ‘a divinis’ do ministério episcopal pelo Vaticano em janeiro de 2007, logo depois de lançar sua candidatura à presidência do país. Mesmo depois de sua eleição, em abril do ano passado, o Vaticano manteve a determinação, que significa a suspensão do ministério sagrado, segundo o Código de Direito Canônico.

No final do mês passado o sacerdote Salvador Cabral aceitou o convite de um partido político para ser candidato à Assembleia Municipal de Farmalicão, em Portugal. Ele é pároco de Nine e Arnoso Santa Eulália e disse ter aceitado o convite por ser ‘um complemento da missão de sacerdote’.

 

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