Dom Orani: a vocação a vida consagrada é a amizade autêntica com o Senhor

Rio de Janeiro (Segunda-feira, 02-02-2015, Gaudium Press) Em seu mais recente artigo, o Cardeal Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani João Tempesta, comenta sobre o momento da Apresentação do Senhor no Templo, celebrado neste dia 2 de fevereiro, dizendo que “nesta festa somos chamados a contemplar o mistério que recorda os quarenta dias do nascimento do Filho de Deus na gruta de Belém, quando a Virgem Santa Maria e seu esposo São José, o pai adotivo Davídico de Jesus, foram ao Templo levando o Menino-Deus em seus braços para apresentá-lo, oferecê-lo, consagrá-lo ao Senhor”.

“Embora fosse Ele o Deus Conosco – prosseguiu -, quiseram os pais, com a profunda prática religiosa que mantinham, cumprir o que a Lei previa para os primogênitos”. Sendo assim, nós, quarenta dias depois de ter celebrado o Santo Natal do Senhor, “devemos nos apresentar no Templo para renovar a oferta de nós mesmos ao Senhor, para que, com nossa vida, sempre testemunhemos que somos templos de Deus e que, portanto, somos habitáculos do Senhor, a Trindade habita em nós”.

Depois, Dom Orani afirmou que escreveu uma carta direcionada aos fiéis diocesanos, em especial, aos consagrados e consagradas neste ano dedicado a eles, intitulada “Gratidão, paixão, alegria e esperança”.

Reforçando a importância da vida consagrada na vida dos membros da Igreja, o Cardeal destacou a primeira, e sobretudo, a mais importante consagração, que é através do batismo: “quando nos tornamos, no sentido mais estrito e teológico do termo, ‘filhos de Deus'”, sendo a Igreja, “nossa mãe que nos gerou pelo Batismo”, a responsável por nos acompanhar em nossa vida pelos outros sacramentos de iniciação cristã, que são a Crisma e a Eucaristia, pelos sacramentos de cura, a Penitência ou a Reconciliação, pela Unção dos Enfermos, e pelos sacramentos para os serviços de comunhão, a Ordem e o Matrimônio.

Contudo, “dentro do Povo de Deus, alguns são chamados, sejam clérigos ou leigos”, para seguir o caminho da vida consagrada, que, segundo Dom Orani, é isso que celebramos nesta Jornada, para vivermos um estado novo de vida ou um modo novo de vida, “respondendo, assim, de forma bem específica àquela única vocação a que todos são chamados: a vocação à santidade”.

“A Jornada Mundial da Vida Consagrada, instituída por São João Paulo II e, neste ano celebramos a XIX, recorda a todos os consagrados à vocação que eles têm para viver uma amizade autêntica com o Senhor que os chamou para uma relação de profunda intimidade com Ele, na comunhão eclesial e ao serviço do mundo. Mas também recorda a todos nós de rezarmos por estes homens e mulheres de Deus que nos mantêm sempre presentes em sua oração”, lembrou.

Ainda conforme o purpurado, “neste Ano da Vida Consagrada, o Santo Padre, religioso da Companhia de Jesus (Jesuíta), quer que os consagrados evangelizem sua vocação, recordando o passado com gratidão, vivendo o presente com paixão e abraçando o futuro com esperança, confiando sempre na Providência desse nosso Deus que nos acompanha com amor e fidelidade”.

“Que todos os religiosos de nossa amada Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro se empenhem no Ano da Esperança, e que sejamos sinais da esperança cristã no mundo. A Igreja caminha, todos juntos, com todos os objetivos voltados para Nosso Senhor e Redentor Jesus Cristo. Jesus, que veio para servir e tirar o pecado do mundo, quer que nos sirvamos uns aos outros e produzamos frutos de salvação”, finalizou. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese do Rio de Janeiro