Diocese nos EUA renova apoio a um sacerdote investigado pelo segredo de Confissão
Washington – Estados Unidos (Segunda-feira, 26-01-2015, Gaudium Press) O segredo de confissão é um tema claro para a Igreja Católica. Mesmo que tivessem que colocar em risco sua própria vida, os sacerdotes católicos estão obrigados a manter em segredo o conteúdo das confissões dos penitentes em toda circunstância. Por este motivo a Diocese de Baton Rouge, Estados Unidos, reafirmou seu compromisso de proteger por todos os meios possíveis o direito à liberdade religiosa de um de seus sacerdotes, que enfrenta um processo jurídico por não ter denunciado um delito que presumivelmente teria conhecido durante uma confissão sacramental.
| Padre Jeffrey Bayhi, que poderia ir à prisão por no violar o segredo de Confissão. Foto: The Catholic Thing. |
Uma das possibilidades de resolver o caso em favor do presbítero afetado, o Padre Jeffrey Bayhi, era uma solicitação de revisão diante da Corte Suprema dos Estados Unidos para que se revertesse a decisão da Corte Suprema de Louisiana de desconhecer o segredo de confissão e obrigar aos sacerdotes de testemunhar em casos de abuso de menores. No entanto, a Corte Suprema negou este pedido. “A Diocese e o Padre Bayhi estão decepcionados de que a Corte negue este pedido, ao menos nesta fase, de intervenção neste caso, o qual tem ramificações significativas para a liberdade religiosa em Luisiana e mais além”, declarou a Diocese.
A Diocese esclareceu que o recurso não era a última opção legal de defesa do sacerdote, que não está envolvido de modo algum no delito denunciado e que está obrigado pela Igreja a não servir como testemunha pelo caráter sagrado do segredo sacramental. Por este motivo anunciou que tanto a Diocese como o sacerdote “continuarão seus esforços para proteger as garantias da liberdade religiosa” e confia em que ditas ações serão eventualmente exitosas.
A situação legal do sacerdote, dadas as novas condições, continua suscitando uma grande preocupação. Depois de que o Padre Bayhi foi vinculado à investigação após uma jovem vítima de abuso afirmar ter relatado os fatos durante uma confissão sacramental, sob a pretensão de obrigá-lo a declarar como testemunha poderia levar o presbítero à prisão, posto que ele não poderia revelar dita informação. Além disso, a família processou tanto ao sacerdote como a Diocese por presumidos danos e prejuízos ocasionados pela suposta omissão em denunciar oportunamente.
“Isto não tem precedente na história de nosso país”, alertou a National Catholic Register Thomas McKenna, presidente do grupo Catholic Action for Faith and Family (Ação Católica pela Fé e a Família). “O estado não tem direito a exigir a ele (o sacerdote) que rompa sua obrigação. Isso é muito preocupante e atemorizante. O que temos aqui é o estado dizendo a religião que eles devem reestruturar e reordenar a religião”. Por este motivo convidou aos católicos a rezar para obter uma justa resolução do caso. (GPE/EPC)





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