"Cristo nos faz entrar no dinamismo do amor", diz o Bispo de Erexim
Erexim – Rio Grande do Sul (Quarta-Feira, 21/01/2015, Gaudium Press) Mestre onde moras? é o nome do artigo semanal de Dom José Gislon, Bispo Diocesano de Erexim, no Rio Grande do Sul, e Administrador Apostólico de Chapecó, em Santa Catarina. Ele explica que chamando junto de si a multidão e os discípulos, Jesus entrega a estes a identidade dos discípulos: “Se alguém quiser seguir-me, renegue a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”.
De acordo com o Prelado, isto é muito mais do que caminhar atrás de Jesus, é assumir um compromisso de estar com Jesus, amá-lo e anunciá-lo ao mundo. Ele recorda que o Papa Francisco, no congresso internacional sobre a catequese afirmou: “quem coloca no centro da própria vida Cristo, se descentraliza! Quanto mais você se une a Jesus e Ele se torna o centro da sua vida, mais Ele o faz sair de si mesmo, o descentraliza e o abre aos outros. Esse é o verdadeiro dinamismo do amor, este é o movimento de Deus! Deus é o centro, mas é sempre dom de si, relação e vida que se comunica” (…).
Para Dom Gislon, assim nos tornaremos também nós; se permanecermos unidos a Cristo, Ele nos fará entrar neste dinamismo de amor. Conforme ele, onde existe uma verdadeira vida em Cristo, existe a abertura para o outro, existe a saída de si para ir ao encontro do outro em nome de Cristo.
Além disso, o Bispo avalia que poderíamos nos acomodar justificando que este é um serviço das catequistas, mas, se assim o fizermos, estaremos sendo omissos nas nossas responsabilidades de batizados. Ele afirma que as catequistas têm uma missão importantíssima no processo de iniciação cristã nas comunidades, mas não a de suprir a responsabilidade dos pais em relação ao primeiro anúncio cristão aos filhos.
“A indiferença dos pais em relação à vida de fé dos filhos pode criar várias dificuldades no caminho da iniciação cristã das crianças e jovens. Portanto, acompanhar o processo de iniciação cristã dos filhos, com o coração de pai, de mãe, de irmão e irmã, é uma atitude de quem encontrou o Senhor e quer levar também os outros a desfrutarem da beleza deste encontro”, completa.
Para concluir, o Prelado lamenta que a cultura da indiferença, tão presente nas relações familiares e comunitárias, não nos fala do amor, da paixão e da ternura de Deus por nós, não nos ajuda a percorrer o caminho do encontro com o Mestre para ouvir suas palavras: “Quem quiser me seguir tome a sua cruz …”. (FB)
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