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Igreja no Vietnã celebra 400 anos da chegada dos missionários jesuítas

Ho Chim Minh – Vietnã (Terça-feira, 20-01-2015, Gaudium Press) A evangelização do Vietnã iniciou-se no século XVI, mas só se realizou de maneira estável após a chegada dos primeiros missionários jesuítas no início do século XVII. Por este motivo a Igreja Católica no país comemora de modo especial os 400 anos de presença da Companhia de Jesus no Vietnã, que é celebrado pela congregação em um Ano Jubilar que começou em 2014 e teve seu ponto mais alto na celebração de uma Solene Eucaristia no último domingo, 18 de janeiro, na cidade de Ho Chi Minh.

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Por volta de 3 mil pessoas assistiram a solene Eucaristia do Jubileu
pelos 400 anos da chegada dos missionários jesuítas
ao Vietnã. Foto: VietCatholic News.

A celebração contou com a presença de 16 Bispos, 120 sacerdotes e numerosos religiosos e leigos. Se destacou a presença do Bispo de Cosmas e religioso jesuíta, Dom Hoang van Dat, quem pregou a homilia na Eucaristia, e do Prepósito Geral da Companhia de Jesus, Padre Adolfo Nicolás. Dom van Dat recordou na pregação como os religiosos chegaram ao país para atender aos refugiados japoneses em Hoi An e como o lema dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola representa a intenção dos evangelizadores: “Quem tem feito por Cristo? Que estou fazendo por Cristo? Que posso fazer por Cristo?”, informou VietCatholic News.

Os primeiros missionários jesuítas tiveram um papel muito importante para a cultura vietnamita, já que o esforço por aprender o idioma e a cultura local significou por exemplo o desenvolvimento da romanização da língua (o uso do alfabeto para escrever textos em vietnamita) que ainda hoje se emprega se seguindo os parâmetros do Padre Alexandre de Rhodes, redator do primeiro Catecismo na língua vietnamita. Este missionário também desenvolveu o primeiro dicionário trilíngue vietnamita-português-latim.

A comunidade teve que deixar o país após a supressão em 1773 e retornou em 1957 pelo convite do governo do Vietnã do Sul, para desenvolver trabalhos no campo da educação superior. Este novo trabalho foi suspenso à chegada do comunismo ao poder em 1975 e a expulsão de 41 religiosos. Dos 26 restantes, a metade foi encarcerada quase de imediato e os outros levados a trabalhos forçados em granjas estatais ou no exército. Atualmente persiste a proibição para os jesuítas de trabalhar em escolas, universidades ou trabalho social, pelo qual as vocações locais são enviadas como missionários ao Japão, China, Laos, Tailândia, Camboja, Timor e países europeus, segundo informou a UCA News. (GPE/EPC)

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