Gaudium news > "O ser humano é o centro do coração de Deus", diz o Arcebispo de Londrina

"O ser humano é o centro do coração de Deus", diz o Arcebispo de Londrina

Londrina – Paraná (Segunda-Feira, 19/01/2015, Gaudium Press) “Viva o tempo” é o nome do mais recente artigo de Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina, no Estado do Paraná. Segundo ele, o tempo passa, tudo passa, só o amor não passa. O Prelado acredita que o tempo é a história de cada um de nós e da humanidade e as boas obras realizadas no tempo que nos é dado constroem a eternidade, não passam, pois o tempo é dom e tarefa.DomOrlando.jpg

O Arcebispo recorda que há um tempo para tudo: “Tempo de amar e de odiar; tempo de guerra e de paz; tempo de calar e de falar; tempo de rasgar e remendar; tempo de perder e de procurar; tempo de economizar e de desperdiçar, tempo de nascer e de morrer” (Cf. Ec.3). Conforme ele, é bom não perder tempo, mas não devemos ser escravos do tempo, pois isso adoece. “Ter tempo para si, para a família, para os outros e para as férias é sinal de maturidade. Salvemos nosso tempo de silêncio, de oração e de estar a sós”, completa.

Neste artigo, Dom Orlando faz algumas reflexões sobre passado, presente e futuro. Primeiramente, afirma que o nosso passado é o amor. De acordo com ele, existimos por amor, fomos desejados, pensados e criados por Deus, e antes da criação do mundo nossa vida pessoal e individual já existia na mente e no seu desígnio amoroso do Pai. Para o Prelado, cada ser humano pode dizer: venho do amor, fui pensado pelo amor, minha raiz, meu DNA, minha identidade é o amor, pois minha genealogia é o coração do Pai que me amou e me predestinou a ser seu filho.

“Existimos porque o útero divino nos quis desde sempre. Nascemos e viemos do amor. Nossa origem é saudável, bendita, positiva. O mal é posterior. A prioridade é a do bem. Nosso passado é uma história de amor, mas também uma luta, um combate, um desafio onde o amor vence porque é mais forte. O nome do nosso passado, da nossa origem é amor. Enquanto olhamos a vida só pelas janelas do passado e do futuro, os ladrões entram e roubam o presente. São muitos os ladrões do presente”, avalia.

A segunda questão abordada pelo Arcebispo é que o nosso futuro é a glória, pois com os olhos fixos na glória, na coroação, na visão de Deus, os mártires se entregavam com coragem, alegria e esperança aos seus algozes. Para ele, nosso futuro é participar da glória de Deus, conviver na glória dos que praticaram o bem e creram em Jesus.

Já o terceiro aspecto analisado por Dom Orlando é que o nosso presente é conduzido pela Providência Divina. Ele ressalta que a mão do Pai conduz nossos caminhos, protege nossos passos, levanta-nos quando caímos, aponta para o horizonte. Segundo o Prelado, o nosso hoje, o nosso instante, o nosso agora, o nosso presente é de Deus, porque ele está presente, conduz e ilumina todos os nossos momentos. “Toda as coisas têm o seu momento justo, todo acontecimento tem o seu tempo sob o sol” (Cf. Ec 3,1).

“Assim, somos amor na nossa origem, somos glória em relação ao nosso futuro, somos guiados pela Providência no nosso presente. Eis o tripé de nossa existência: amor, glória, Providência. Podemos dar adeus ao pessimismo, ao medo, à depressão, às preocupações. Acumulemos tesouros no céu. Nós somos o tempo. Somos o que fazemos do nosso tempo”, enfatiza.

Outra coisa, conforme o Arcebispo, é que, enquanto temos tempo, não devemos nos cansar de fazer o bem, com os olhos no céu, os pés no chão e as mãos na construção de um mundo melhor. Ele afirma que é preciso nos alegrarmos, pois somos criaturas do amor, somos amáveis, temos uma bondade original, somos bons aos olhos do Criador. “Maior e transbordante é nossa alegria porque nosso futuro é a glória, a luz, a felicidade, a plenitude da vida. Exultemos de alegria, porque nosso presente está seguro. Estamos nas mãos de Deus, sob o olhar amoroso do Pai, conduzidos pela sua misericordiosa e sábia providência”, acrescenta.

Por fim, Dom Orlando reforça que este tripé “amor, glória, providência” pode mudar nossa vida, encher-nos de esperança e de segurança, de entusiasmo e saúde, de coragem e criatividade. Ele destaca que em Deus vivemos, existimos e somos, porque Deus é o centro do coração humano e o ser humano é o centro do coração de Deus. “Não somos frutos do acaso, somos filhos e filhas muito amados. Somos peregrinos que caminham para a casa, para o porto, para a pátria. No tempo que nos foi concedido viver, saibamos fazer tudo com competência, com fé, com alegria e com o coração”, conclui. (FB)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas