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“Jesus não decepciona, e a ternura de nossa Mãe não decepciona”, exorta Francisco

Tacloban – Filipinas (Sábado, 17-01-2015, Gaudium Press) A Ilha de Leyte, em Tacloban City, onde, em novembro de 2013, foi arrasado pelo tufão que devastou a região, foi o último local onde o Papa Francisco visitou nas Filipinas, celebrando uma Sant Missa para milhares de fiéis.Papa_Francisco.jpg

Apesar dos fortes ventos e chuva que atingia a cidade, os participantes não hesitaram e permaneceram atentos às palavras do Pontífice que, sensibilizado com a situação atual do país, por conta das constantes mudanças climáticas, consolou-os proferindo as seguintes palavras:

“Não tenho palavras para partilhar a dor de vocês. Confesso que quando de Roma vi a devastação do tufão, entendi que deveria estar aqui, naquele dia decidi esta viagem.”

Ao iniciar a celebração, comentou um trecho contido na Bíblia do Apóstolo São Paulo, falando que “Jesus é como nós”, uma vez que Ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção dos pecados.

De acordo com o Papa, “Jesus segue sempre à nossa frente, e quando vivemos alguma experiência, Ele a vivera antes de nós”. Depois, lembrou: “e se hoje todos nós nos reunimos aqui quatorze meses após a passagem do tufão Yolanda, é porque temos a segurança de que a Fé não se enfraquece, porque em sua Paixão Jesus assumiu toda a nossa dor.”

Logo depois, disse que veio até o país asiático para se aproximar do povo local e que, mesmo não podendo ficar por mais tempo, “Jesus pode ficar”. “Vim para dizer que Jesus está com vocês, o Senhor não decepciona. Jesus não me decepciona e foi consagrado Senhor neste trono e passou pela calamidade que experimentamos. Jesus é o Senhor, o Senhor da Cruz, e Ele é capaz de entender-nos, como vimos na primeira leitura”, completou.

O Santo Padre continuou seu discurso, ressaltando que o Senhor é capaz de chorar conosco e de nos acompanhar até nos momentos mais difíceis de nossas vidas, referindo-se as perdas por parte da população filipina devido ao tufão que devastou o lugar.

“Muitos de vocês perderam tudo, não sei o que lhes dizer, Deus sabe o que dizer-lhes. Muitos de vocês perderam parte da família, somente olho em silêncio, os acompanho com meu coração em silêncio.”

Em vista disso, o Papa aconselha-os a olhar a Cristo, pois “Ele é o Senhor, Ele nos compreende porque experimentou a Cruz”, onde encontrava-se a Mãe, Maria Santíssima, que, diante dela, “somos como crianças que no momento de dor, de pena, em que não entendemos nada, estendemos a mão firmemente e dizemos ‘mãe’. E esta é a única palavra que pode explicar o que sentimos no momento obscuro”.

Em seguida, Francisco solicitou para que todos fizessem um minuto de silêncio para que olhassem para o Senhor, o único capaz de nos entender, pelo fato de ter passado pelas adversidades anteriormente. “Olhemos para nossa Mãe como uma criança, com o coração digamos ‘Mãe’, em silêncio façamos esta oração. Cada um diga aquilo que sente em seu coração”, orientou.

Ainda, segundo o Papa, “não estamos sozinhos”, porque possuímos uma Mãe e temos a Jesus como nosso amigo.

“Não estamos sozinhos e temos muitos irmãos que neste momento de catástrofe vieram encontrar-nos. E neste momento, nos sentimos mais irmãos e irmãs, porque nos conhecemos um ao outro. Estejam certos de que Jesus não decepciona, e a ternura de nossa Mãe não decepciona. Olhemos para ela como filhos”, finalizou. (LMI)

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