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“Deus é o único assunto central e definitivo para o homem e para a sociedade”, afirma Cardeal Cañizares

Espanha – Valência (Quinta-feira, 15-01-2015, Gaudium Press) Em mensagem de início de ano aos paroquianos, o Cardeal Arcebispo de Valência, Dom Antonio Cañizares, recordou que “a questão principal do homem de sempre, também do de nossos dias, é, crer ou não crer em Deus, reconhecê-lo ou não, aceitá-lo ou não, abrir-se ou não a seu amor e ao seu dom de misericórdia e ternura que não tem limites.Cardeal Cañizares.jpg

“Deus é o único assunto central e definitivo para o homem e para a sociedade”, insistiu o purpurado. E daí concluiu: “O silêncio, esquecimento ou abandono de Deus, é sem dúvida, o acontecimento mais decisivo e a indigência mais dramática de nosso tempo. Não há nada que se possa comparar em radicalidade e no vasto de suas consequências”.

Que consequências funestas? As primeiras, afetam diretamente a essencialidade do homem. “O esquecimento de Deus quebra interiormente o verdadeiro sentido do homem, altera em sua raiz a interpretação da vida humana e debilita e deforma os valores éticos. Uma sociedade sem Fé é uma sociedade mais pobre e restrita”.

No ano que a Igreja celebra o V centenário do nascimento de Santa Teresa, o Cardeal Cañizares recordou o ditado que ela fez famoso: “Só Deus basta”. “Necessitamos dirigir nosso olhar a Deus, avivar nossa experiência dEle, acrescentar nosso conhecimento sapiencial dEle, fortalecer nossa Fé nEle. E isso, para poder responder a essa pergunta que nos chega com verdadeiro clamor a partir de homens de hoje, de situações tão distantes e a partir de experiências tão diversas, às vezes dramáticas: ‘Onde está vosso Deus?'”.

A estes homens devemos dar uma resposta, para o que é preciso “aprofundar, reavivar e fortalecer o conhecimento de Deus, Deus de misericórdia, revelado no rosto humano de Jesus Cristo, Filho de Deus vivo. Fariam muito bem os catequistas e professores de religião em adentrar-se neste conhecimento vivo e aprofundado, meditado e interiorizado, para avivar sua experiência de Deus e comunicá-la na catequese ou no ensinamento religioso. Faríamos muito bem os sacerdotes em interiorizar e afiançar este conhecimento através do estudo sossegado da meditação e da oração contemplativa, para pregar a Deus com palavras novas e vigorosas que brotam da experiência acrescida e renovada de Deus misericordioso”.

O purpurado convidou também a avivar “nossa vida de oração, para que se renove e fortaleça nossa experiência dEle, para que assim falemos de Deus a um mundo tão necessitado dEle como a terra ressecada necessita de água para que floresça nela a vida”.

Orar será uma confissão tácita de que “sem Deus nada podemos fazer, que todas as nossas empresas nós realizamos nEle e que nada verdadeiramente digno poderíamos levar a cabo se não contamos com seu amor e sua graça”. No sentido contrário “o esquecimento da oração é o esquecimento de Deus; e o esquecimento de Deus é o esquecimento do homem”.

Finalmente o purpurado convidou toda a comunidade diocesana valenciana a centrar “nosso olhar e nosso coração em Deus, infinito em sua misericórdia, revelado na humanidade de seu Filho, Jesus Cristo, em quem temos, vemos e palpamos todo o Amor, cuja contemplação ‘tira amor'” e a intensificar em pessoas e comunidades o sentido e o gosto pela oração. “A vida de oração é o respiro de nossas almas e prenda certa de vitalidade cristã”. (GPE/EPC)

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