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2014: o ano de maior repressão aos cristãos chineses da última geração

Beijing – China (Quinta-feira, 08-01-2015, Gaudium Press) Um panorama de luzes e sombras para a Fé cristã na China foi descrito pela agência de notícias UCA News como balanço da situação da liberdade religiosa em 2014. As numerosas depredações de cruzes e símbolos religiosos e outros atos de repressão fizeram com que este último ano tenha sido o de maior perseguição aos cristãos chineses, contudo, o crescimento da Fé nos faz acreditar que o futuro do cristianismo no país será muito diferente.2014 ano de maior repressão aos cristãos chineses da última geração.jpg

As notícias transmitidas pela Gaudium Press ao longo do ano coincidiram com as análises do informativo asiático. A cena maquinários entrando nos lugares de culto para remover as cruzes e outras imagens proeminentes dos templos chineses foi uma das mais recorrentes em matéria de liberdade religiosa em 2014.

Em alguns casos específicos, como o da Via Cruz de Longgang, na província de Wenzhou, a batalha contra as imagens levou as autoridades a construir muros em torno de grandes estátuas que não poderiam ser removidas de seus lugares.

As celebrações de Natal foram proibidas nos centros educativos e nessa mesma província. Além disso, persiste a reclusão do bispo titular de Baoding, Monsenhor James Su Zhimin e do Bispo de Shanghai, Mosenhor Thadeus Ma Daqin.

Todo este panorama acabou sendo denunciado pelo Cardeal Joseph Zen, Bispo Emérito da Diocese de Hong Kong, que enfrenta o risco de uma reforma política que retiraria a independência administrativa da região e com ela, a liberdade religiosa que desfruta.

De acordo com a UCA News, estas políticas de repressão poderiam corresponder à interpretação do “Império da Lei”, promovido pelo presidente do país, Xi Jinping, desde sua chegada em março de 2013.

Após as fortes ondas de demissões de funcionários, as autoridades haviam aplicado com rigor normas desfavoráveis aos cristãos que conseguiram marcar sua influência na sociedade, o que poderia significar uma tentativa de satisfazer a autoridade central de Pequim, sem que existissem evidências de que as campanhas contra os cristãos estivessem ligadas de modo oficial à presidência.

Sinais de esperança

Apesar dessas situações, o crescimento da Fé na China não mostra sinais de retrocesso, e o futuro da Igreja no país poderá mudar notavelmente se a tendência atual se manter estável.

Embora o fato de terem sido registrados mais de 426 casos de depredações de cruzes em Zhejiang, também se contabiliza uma taxa de construção de mil lugares de culto em todo o país a cada ano, o que permite sugerir que, apesar da campanha repressiva imposta pelo governo, existem ainda no território chinês centenas de templos, mais do que no início do ano.

Além disso, foi comprovado que o crescimento da Fé na China é mais acentuado do que em outros países, e isto corresponde a um importante sinal de esperança segundo as análises da UCA News. “O ano anterior pode ter sido um ano terrível para os cristãos na China, provavelmente o pior de uma geração”, relata o informativo. “Mas o futuro a longo prazo parece muito pelo contrário, queira ou não o presidente Xi”, conclui. (GPE/LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações UCA News

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