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"É melhor correr o risco de errar por amor", diz o Bispo da Diocese de Erexim

Erexim – Rio Grande do Sul (Segunda-Feira, 17/11/2014, Gaudium Press) “A vida é um dom” é o título do mais recente artigo de Dom José Gislon, Bispo da Diocese de Erexim, no Rio Grande do Sul, e Administrador Apostólico de Chapecó, em Santa Catarina. Em sua reflexão, o Prelado afirma que, como cristãos, devemos ter a consciência de que a vida é um dom de Deus, e os nossos talentos pessoais, que vamos desenvolvendo ao longo da vida também são dons.dom_gislon.jpg

De acordo com o Bispo, revestidos da graça de Deus e colocados a serviço dos irmãos na comunidade e na sociedade, os nossos talentos dão um novo sentido à nossa vida. Mas, para Dom Gislon, cada dom que Deus nos dá pode ser acolhido ou rejeitado: Quando acolhemos um dom, o fazemos nosso, isto é, o assumimos na nossa vida e o colocamos a serviço da vida; se não o cultivamos, mesmo que acolhido, nunca será valorizado e incorporado ao nosso cotidiano.

“Quando temos consciência de que a vida é dom de Deus, nos ocupamos a vivê-la intensamente, dando a esta um sentido e um significado, reconhecendo o valor do tempo que nos foi concedido. Acolher o dom da vida e outros dons que Deus nos concede é não se acomodar, é não enterrar os talentos. É ser fiel ao dom da vida, a nós mesmos, valorizando e vivendo a vida como dom e graça do Senhor”, avalia.

Ainda segundo o Prelado, é comum encontrarmos pessoas que possuem dons e talentos extraordinários, mas que não sabem administrá-los, ou se acomodaram, ou deixaram que a preguiça, a inércia e o desinteresse guiassem a sua vida. Ele salienta que essas pessoas esqueceram que é melhor correr o risco de errar por amor, do que deixar de lutar por uma causa ou por valores maiores que dão novo sentido à vida e colaboram para o bem da humanidade.

“É melhor ver a boa semente da Palavra rejeitada por um terreno estéril do que escondê-la, pelo medo, envolvendo-a no silêncio, que muitas vezes pode significar cumplicidade com a injustiça, que agride e destrói a vida dos irmãos”, completa.

Por fim, Dom Gilson ressalta que não podemos interpretar a vida como acolhida de um dom e graça de Deus e ao mesmo tempo viver na indiferença como se Deus não existisse. Para ele, a vida, a graça, as ocasiões e as responsabilidades tornam mais preciosa a vida de cada um de nós.

“Estes são os dons que Deus nos confia e espera que nós os multipliquemos. Escondê-los pelo comodismo é não ter paixão pela vida e deixar que a vida, dom de Deus, se consuma sem ter uma razão para viver”, conclui. (FB)

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