Congresso em Roma trata sobre o sigilo no confessionário e a privacidade pastoral
Roma – Itália (Sexta-feira, 14-11-2014, Gaudium Press) A Penitenciaria Apostólica está promovendo um Congresso intitulado “O sigilo do confessionário e a privacidade pastoral”. O evento, que está sendo realizado no Palácio da Chancelaria em Roma, contou com a participação do Cardeal Mauro Piacenza.
O purpurado fez um pronunciamento durante a abertura do Congresso no qual recordou o compromisso da Penitenciaria Apostólica por sensibilizar tanto os sacerdotes quanto os fiéis leigos a redescobrir a importância do Sacramento da Confissão.
Dom Piacenza afirmou também que o Tribunal Apostólico nomeado para lidar com as questões relativas ao foro interno e conhece muito bem “o inestimável valor moral e espiritual do segredo sacramental, da reserva, da inviolabilidade da consciência e os seus impactos positivos na vida de cada fiel”.
“A celebração deste sacramento requer uma adequada e atualizada preparação teológica, pastoral e canônica para que todos aqueles que se aproximam do confessionário possam experimentar os efeitos pacificantes e salutares do perdão incondicional de Deus”, ressaltou.
Abordando a questão do segredo da confissão e a privacidade pastoral, o Cardeal Piacenza explicou que é necessário primeiramente dissipar toda suspeita sobre o sigilo do sacramento.
Segundo o prelado, “todo mundo tem segredos pessoais, que são confiados somente a pessoas confiáveis e discretas”, e o que se espera é que “estes não sejam violados ou traídos por ingerências de terceiros ou por superficialidade ou falta de preparação”.
Na sua opinião, é neste contexto que estão inseridas as razões pelas quais “grandes e salutares são os efeitos que com o segredo e a reserva desejam proteger e custodiar para preservar a fama e a reputação de alguém ou respeitar direitos de indivíduos e de grupos”.
“Objetivo do segredo, tanto sacramental, como extra sacramental, é proteger a intimidade da pessoa, ou seja, custodiar a presença de Deus no íntimo de cada homem.”
Por este mesmo motivo, “quem viola esta esfera personalíssima e ‘sagrada’, realiza não somente um ato de injustiça, um delito canônico, mas um verdadeiro e real ato de impiedade”, advertiu.
“Quantos verdadeiros e reais milagres da graça de Deus acontecem no segredo de um confessionário, no colóquio confidencial que caracteriza a relação de acompanhamento espiritual, no íntimo do coração que embora ferido pelo mal, abre-se à verdade do amor de Deus!”, concluiu. (EPC)
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