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Cardeal de São Paulo fala sobre a Igreja, sociedade e a Campanha da Fraternidade

São Paulo (Terça-feira, 11-11-2014, Gaudium Press) No próximo ano, a Igreja Católica celebrará os 50 anos do aniversário de encerramento do Concílio Vaticano II, considerado este um dos eventos mais marcantes da Igreja no Século XX.dom_odilo_scherer_cardeal_de_sao_paulo_fala_sobre_a_igreja_gaudium_press.jpg

De acordo com o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, em seu mais recente artigo, “a comemoração deste aniversário está sendo ocasião para recordar personalidades importantes do Concílio, como os papas João XXIII e Paulo VI; mas também para voltar às grandes intuições e orientações dessa “assembleia geral” do episcopado católico de todo o mundo”.

“No Brasil, diversos eventos vêm sendo realizados em âmbitos acadêmicos e eclesiais, nos últimos 3 anos, para comemorar esse cinquentenário. Para 2015, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) está promovendo uma reflexão mais ampla, em nível popular, sobre o Concílio, através da Campanha da Fraternidade (CF). Com o tema – ‘fraternidade: Igreja e sociedade’ -, e o lema – ‘eu vim para servir’ -, a Campanha aborda a relação Igreja-sociedade à luz da fé cristã e das diretrizes do Concílio Vaticano II”, disse.

Conforme o purpurado, “o Cristianismo, vivido pela Igreja Católica, é uma religião histórica e não apenas sapiencial”, pois “além de transmitir ensinamentos a serem acolhidos pessoalmente, sua proposta também é levar a uma prática social e histórica, onde suas convicções e ensinamentos sejam traduzidos em expressões de cultura e formas de convívio social”.

“A auto-compreensão da Igreja aparece, sobretudo, no documento conciliar Lumen gentium (A luz dos povos): ela entende ser formada por todos os que aderem a Cristo pela Fé no Evangelho e pelo batismo; assim, mais que uma instituição juridicamente estruturada, que não deixa de ser, ela é um imenso ‘povo de Deus’, presente entre os povos e nações de todo o mundo, não se sobrepondo a eles, mas inserindo-se neles, como o sal na comida, ou como o fermento na massa do pão.”

Para Dom Odilo, a Igreja “é a comunidade de todos os batizados, feitos discípulos de Jesus Cristo e testemunhas do seu Evangelho”.

Os cristãos, prosseguiu, assim como suas organizações, vem tomando cada vez mais parte da história dos povos e da grande família humana, uma vez que a Igreja, “povo de Deus”, deseja ser fiel à missão recebida de Nosso Senhor Jesus Cristo e necessita encontrar-se “a serviço da comunidade humana, não zelando apenas pelos seus projetos internos e seu próprio bem”.

“O papa Francisco vem recordando isso constantemente nos seus pronunciamentos: que ela precisa ser ‘uma Igreja em saída’, uma ‘comunidade samaritana’, ou como ‘um hospital de campo’, para socorrer e assistir os feridos”, refletiu. (LMI)

Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese de São Paulo

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