Dom Paglia faz um chamado a uma “nova primavera das famílias”
Madri – Espanha (Sexta-feira, 07-11-2014, Gaudium Press) Por ocasião da apresentação do XVI Congresso Católicos e Vida Pública que ocorrerá em Madri (Espanha), nos dias 14 a 16 de novembro, o Presidente do Pontifício Conslehore para a Família, Dom Vincenzo Paglia, animou a chegada de uma “nova primavera das famílias” que, em estado de missão, se contrapõem às tendências individualistas que ameaçam gravemente as famílias e, por conseguinte, toda a sociedade. “Por uma parte há menos famílias, em sentido quantitativo, por outra parte são necessárias mais famílias, no sentido qualitativo”, expressou Dom Paglia. “A família continua sendo -podemos dizer apesar de seus defeitos e limites- o lugar da vida, do mistério do ser, da prova e da história”.
Dom Vincenzo Paglia, Presidente do Pontifício Conselho para a Família. Foto: La Conchiglia Associazione Culturale. |
O evento, organizado pela Associação Católica dos Propagandistas e da Fundação Universitária San Pablo CEU, terá por lema “A família sempre: desafios e esperança”. Sobre este tema, o prelado indicou as graves ameaças que pairam sobre a família, motivadas pela exaltação do individualismo. “A pessoa humana, a partir das suas origens, não é um indivíduo, mas um “nós”: e eu e o outro somos complementários entre si”, explicou. “O eu sem o outro não é uma imagem plena de Deus, que é o “nós”, (análogo a) a união complementária entre o homem e a mulher. A mesma criação, pois, nega a autossuficiência, enquanto leva escrita a necessidade do “nós”, da comunhão, e a família é seu arquétipo”.
Uma missão inevitável
“Pela primeira vez na história se interrompe o nexo que une “matrimônio-família-vida”, desde sempre e justamente reconhecido como a continuação da vida e da sociedade humana e não só na tradição católica, mas de maneira universal em todo o mundo”, alertou o Presidente do Pontifício Conselho. “Este tríptico tem se descomposto e cada um -como em um delírio de onipotência- o recompõem a seu capricho: qualquer tipo de união pode se chamar matrimônio, toda forma de estar juntos pode se chamar família e os filhos podem se ter de qualquer maneira, inclusive nos laboratórios”.
Diante desta complexa realidade, Dom Paglia animou o testemunho cristão das famílias: “É sumamente importante que os cristãos, em particular os casais e as famílias cristãs, vivam este tesouro e o façam resplandecer como uma realidade bela e apaixonante, apesar das dificuldades e dos problemas que se encontram na vida”. O exemplo de amor das famílias é a resposta indicada que demonstra a sacralidade da aliança matrimonial e do dom da vida humana.
“Tem que surgir uma sabedoria nova, uma força nova, que promovam e defendam o matrimônio, a família e a vida”, exortou o prelado. “O ponto central que temos que abordar é o modo no qual a transmissão da vida influi na percepção da vida: quer dizer, transmitir às gerações o respeito até o mistério do amor a partir da sua origem até seu último destino, inscrito na intimidade do Deus trinitário”. (GPE/EPC)
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