"Cristo é o templo vivo e sempre presente na Igreja", diz o Bispo de Novo Hamburgo
Novo Hamburgo – Rio Grande do Sul (Terça-Feira, 04/11/2014, Gaudium Press) Dom Zeno Hastenteufel, Bispo da Diocese de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, em seu mais recente artigo ressaltou que mais do que o domingo, o dia 9 de novembro traz à memória a dedicação da Basílica de São João em Laterano, na cidade de Roma, considerada a primeira Catedral do mundo.
O Prelado explica que a Basílica foi construída na primeira metade do século IV e dedicada ao Divino Salvador ainda pelo Papa Silvestre I. Segundo ele, o local quer nos fazer lembrar que Cristo é o Templo vivo e sempre presente na Igreja, e nós também somos o templo onde Deus quer morar, pois no dizer de São João “Jesus, fazendo-se carne, armou sua tenda entre nós, permanecendo conosco para sempre” (Jo, 1, 14).
Para o Bispo, a sacralidade do templo vem muito bem descrita, no Livro de Ezequiel, que nós tomamos como primeira leitura do próximo domingo. “Do templo saem águas que correm para a região oriental, desembocando nas águas salgadas do mar. Lá, onde o rio chegar, todos os animais poderão viver e haverá peixes em quantidade, pois estas águas trazem saúde. Nas margens junto ao rio crescerão árvores frutíferas de todas as espécies” (Ez 47,10-12). Dom Zeno ressalta que o templo é tão sagrado que ele quase reconstrói o paraíso perdido!
Ele também recorda que a segunda leitura nos coloca diante das palavras de Paulo: “Vós sois a construção de Deus. Eu coloquei o alicerce, sobre o qual, outros se põem a construir. Mas cada qual veja como constrói. Ninguém pode colocar outro fundamento diferente do que já foi colocado: Jesus Cristo” (1Cor 3,10-11). De acordo com o Prelado, o fundamento é sempre o mesmo, já colocado por Paulo: nós precisamos estar bem firmemente alicerçados em Cristo, para sermos cristãos.
O Bispo ainda afirma que o texto mais sério sobre a sacralidade do templo é o que vamos ler como Evangelho do domingo, em que Jesus expulsa os vendilhões do templo. Vejamos, pois: “Encontrou os vendedores de bois, de ovelhas e de pombas, os cambistas que estavam aí sentados. Fez então um chicote de cordas e expulsou todos do templo, junto com as ovelhas e os bois; espalhou as moedas e derrubou as mesas dos cambistas. E disse aos que vendiam pombas: Tirai isto daqui e não faças da casa de meu Pai uma casa de comércio” (Jo 2,14-16).
“Os próprios discípulos tiveram dificuldades em compreender aquele gesto violento, como jamais o Senhor se tinha manifestado. Buscaram explicação nas Escrituras, onde encontraram: ‘O zelo por tua casa me consumirá'”, destaca.
Por fim, Dom Zeno salienta que os judeus chegaram a perguntar a Jesus se Ele era capaz de mostrar um sinal que lhes mostrasse por que Ele agia assim. Então Ele falou: “Destruí este templo e em três dias eu o levantarei” (Jo 2,19).
“É claro que todos pensavam tratar-se daquele templo, construído com pedras, ao longo de quarenta e seis anos. Mas, Jesus estava falando do templo de seu corpo, que poderia ser levado à sepultura, mas em três dias, ressuscitaria”, conclui. (FB)
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