Hispanos são um importante elemento para o futuro da Igreja nos EUA

Redação (Segunda-feira, 03-11-2014, Gaudium Press) “A pastoral hispana está no centro mesmo do presente e o futuro da Igreja nos Estados Unidos (…), porque os hispanos são a maioria emergente na Igreja Católica deste país, e a pastoral hispana é a resposta a essa presença”, assegura Alejando Aguilera-Titus, encarregado do Sub-comitê de Assuntos hispanos, pertencente ao Comitê sobre Diversidade Cultural da Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos (USCCB).

“Os hispanos são, como se diz em inglês, a ‘leading indicator’, isto é um ‘indicador líder’, que marca o futuro”: Aguilera-Titus / Foto: St. Anne Church and Shrine.

Dialogando com o meio de comunicação, Aguilera-Titus, ressalta o crescimento e a fecundidade católica dos hispanos na nação norte-americana: “Os hispanos são o fermento deste crescimento. Agora, com efeito, está a responsabilidade de ir assumindo essa liderança. Os hispanos são, como se diz em inglês, a ‘leading indicator’, isto é um ‘indicador líder’, que marca o futuro”.

Ao explicar que a presença hispana não é o único indicador do crescimento do catolicismo no país, assinala que é um dos “elementos mais importantes do futuro da Igreja Católica nos Estados Unidos”.

“Antes de tudo, oferece um crescimento impressionante. A Igreja Católica nos Estados Unidos cresceu -desde 1970- devido aos católicos hispanos”. Um crescimento de 71 por cento nas últimas quatro décadas, segundo acrescenta Aguilera-Titus ao fazer referência às novidades que oferece a vivência do catolicismo hispano com o norte-americano.

Diz igualmente que este impulso se deve assim mesmo ao trabalho que realiza a pastoral hispana, que se caracteriza por sua muito animada Liturgia, e também pelos movimentos eclesiais. Enquanto que a Igreja norte-americana é mais de territórios paroquiais e menos de movimentos.

É por isso que -como continuou o encarregado do Sub-comitê de assuntos hispanos- uma das maiores dificuldades que encontra a pastoral hispana é justamente sua integração com a comunidade norte-americana no âmbito paroquial.

Fator no qual já trabalha a USCCB com o impulso de uma iniciativa por meio da qual se busca favorecer dita integração. “É um tema chave. O tema das ‘paróquias compartilhadas’, quer dizer, as paróquias integradas a partir da Fé, que possam, mais tarde, entregar a sociedade uma comunidade sólida”, acrescenta.

Justamente esta proposta está baseada no documento que apresentou o Episcopado norte-americano em março passado e se intitula “Melhores práticas para paróquias compartilhadas: Que todos eles sejam Um”, que consiste em um guia bilíngue -inglês e espanhol- dirigido aos sacerdotes a cujo cargo tem uma comunidade paroquial com diversidade cultural.

“As paróquias que enfrentam o desafio de servir a comunidades com diversidade de línguas, culturas e etnias em todo o território dos Estados Unidos se calcula em seis mil trezentas -situação que aumenta aceleradamente com as mudanças demográficas e a fusão de paróquias em algumas dioceses- e delas, pouco mais de quatro mil quinhentas são paróquias de maioria hispana”, explica Aguilera-Titus.

Diz também que levar adiante esta iniciativa será um processo longo, mas “que poderá manifestar que a Igreja Católica é um bem para a sociedade dos Estados Unidos, um bem para o mundo”. (GPE/EPC)