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"O Brasil tem milhares de Igrejas dedicadas à Senhora de Aparecida", lembra Bispo de Cornélio Procópio

Cornélio Procópio – Paraná (Sexta-Feira, 10/10/2014, Gaudium Press) O Bispo da Diocese de Cornélio Procópio, no Estado do Paraná, Dom Manoel João Francisco, escreveu um artigo sobre a Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida, celebrada neste domingo, dia 12 de outubro. Ele inicia o texto afirmando que a história desta devoção teve início em 1717 quando três humildes pescadores (Filipe Pedroso, Domingos Garcia e João Alves) foram incumbidos de pescar a fim de servirem um jantar ao governador da Província, que chegaria para visitar a cidade.dom_manoel_francisco_gaudium_press.jpg

O Prelado recorda que, sem nada conseguir, os pescadores já estavam querendo desistir, quando pela última vez lançaram as redes e no lugar de peixes apareceu o corpo de uma imagem. Conforme ele, curiosos os pescadores lançaram de novo as redes e veio a cabeça que encaixou perfeitamente na imagem, que era escura de terracota, que parecia ser Nossa Senhora da Conceição.

“A partir daquele momento a pesca foi abundante. Filipe Pedroso levou a pequena imagem para sua casa. Os visinhos começaram a visitá-la, pedindo para que Nossa Senhora intercedesse em suas necessidades. Em 1732, Atanásio, filho de Filipe Pedroso construiu um oratório para a imagem que ficou cada vez mais conhecida como Aparecida, por ter aparecido nas águas do rio”, completa.

Ainda segundo Dom Francisco, a devoção se espalhou por todo o Brasil, e seu santuário, localizado na cidade de Aparecida, no Estado de São Paulo, é a segunda maior basílica do mundo, podendo abrigar em seu interior até 70 mil peregrinos. Ele salienta que, todos os anos, mais ou menos 10 milhões de peregrinos visitam o local, mas não é apenas no Santuário de Aparecida que os fiéis manifestam sua devoção.

“Pelo Brasil afora são milhares de igrejas dedicadas a Senhora de Aparecida. Em nossa Diocese de Cornélio Procópio três paróquias, a de Leópolis, a de Uraí e a de Congonhinhas, a tem como padroeira”, acrescenta.

No meio da multidão de devotos, o Bispo destaca um: o Papa Francisco, que em sua viagem ao Brasil, por ocasião da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, o primeiro contato que teve com o povo foi no Santuário de Aparecida. Ele começou sua homilia dizendo: “Quanta alegria me dá vir à casa da Mãe Aparecida”. Neste mesmo sermão exclamou: “Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe”.

Além disso, o Prelado fala que no encontro que o Pontífice teve com os bispos do Brasil, presentes na Jornada Mundial da Juventude, assim ele se expressou: “Em Aparecida, Deus ofereceu ao Brasil a sua própria Mãe. Mas, em Aparecida, Deus deu também uma lição sobre si mesmo, sobre seu modo de ser e agir. Uma lição sobre a humildade que pertence a Deus como traço essencial e que está no DNA de Deus. Há algo de perene para aprender sobre Deus, em Aparecida; um ensinamento que nem a Igreja do Brasil nem o próprio Brasil devem esquecer”.

Dom Francisco lembra também a seguinte afirmação de Francisco: “Em Aparecida há um ensinamento que Deus quer nos oferecer. Sua beleza refletida na Mãe, concebida sem pecado original, emerge da obscuridade do rio. Em Aparecida desde o início, Deus dá uma mensagem de recomposição do que está fraturado, de compactação do que está dividido. Muros, abismos, distâncias ainda hoje existentes estão destinados a desaparecer. A Igreja não pode descurar esta lição: ser instrumento de reconciliação”.

Por fim, o Prelado nos convida, ao celebrarmos mais uma vez a festa de nossa padroeira, que possamos colocar em prática o pedido do Papa. (FB)

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