Gaudium news > "Queremos levar ao mundo a alegria do Evangelho", diz Bispo de Joinville

"Queremos levar ao mundo a alegria do Evangelho", diz Bispo de Joinville

Joinville – Santa Catarina (Quinta-Feira, 02/10/2014, Gaudium Press) Bispo Dom Irineu Roque Scherer, da Diocese de Joinville, no Estado de Santa Catarina, escreveu um artigo em que ele afirma que o mês de outubro sempre nos leva a um novo despetar para as missões na Igreja e no mundo. Segundo o Prelado, no documento de Aparecida, que está organizado em 554 parágrafos, as palavras Missão e Missionários marcam o texto inteiro.dom Irineu Scherer.jpg

Para o Bispo, vale a pena saborear, meditar, interiorizar essas palavras e levá-las ao concreto. Ele questiona: Quem ainda não ouviu falar da “missão continental”? Da Igreja “em estado permanente de missão”? Pois bem, isso exige de todos nós uma “conversão pastoral que vá além de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária” (DA 370).

De acordo com Dom Scherer, não podemos imaginar que a missão seja uma tarefa opcional, mas parte integrante da identidade crista?. Ele salienta que a Igreja peregrina e? missionária por natureza, porque tem sua origem na missão do Filho e do Espi?rito Santo, segundo o desígnio do Pai. O Prelado também destaca que com tanta insistência sobre missão, o perigo e? fazer missão de qualquer jeito, e? cair numa missão vaga, genérica, dispersiva, sem objetivos claros e verdadeiros.

“O documento quer evitar esses perigos e aponta orientações. Portanto, a Missão ‘não e? uma tarefa opcional, mas parte integrante da identidade crista?’ (DA 144). Ela e? uma necessidade, uma urgência permanente: ‘Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho’ (1Cor 9,16)”, acrescenta.

Além disso, o Bispo ainda ressalta que Jesus disse ao enviar os apóstolos para anunciar o ano da graça: “Eis que vos enviou como carneiros em meio a lobos vorazes” (Cf. Mt. 10,16). E, quando, mal recebidos em uma cidade, João e Tiago pretendiam mandar o fogo dos céus sobre aquele povo, mas Jesus os repreendeu “Não sabeis de que espírito sois (Cf. Lc. 9,55)”.

Dom Scherer afirma que a primeira atitude do missionário deve ser a mansidão, pois o anúncio da Boa Nova é um anúncio de paz. O texto do profeta Isaías lido por Jesus na sinagoga de Nazaré (Cf. Lc. 4,16-22) e a si próprio aplicado, diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, eis porque me ungiu e mandou-me evangelizar os pobres, sarar os de coração contrito, anunciar o ano da graça” (Cf. Is. 61, 1-4).

E, logo a seguir, no Sermão da Montanha, recorda o Prelado, revirando todos os princípios e conceitos que o pecado instilara nos corações dos homens, da sociedade e da cultura, declara bem aventurados os mansos, os misericordiosos e os que promovem a paz (Cf. Mt. 5).

“Não é a toa que Santa Terezinha foi declarada padroeira das missões, ela que jamais transpôs as grades de seu convento e, partindo deste mundo aos vinte quatro anos, podia prometer que dos céus enviaria uma chuva de rosas sobre a terra. São Francisco de Sales, igualmente ensinava que se apanham mais moscas com uma gota de mel do que com um barril de vinagre”, completa.

O Bispo ainda lembra que os santos missionários de todos os tempos mostraram muita paciência e compreensão na enculturação da fé em corações duros e arraigados, numa cultura pagã totalmente diversa dos caminhos cristãos. Segundo ele, os santos davam tempo ao tempo, como o semeador aguarda com paciência o tempo da colheita.

“Neste contexto a Diocese de Joinville tem procurado investir no trabalho missionário, tanto interna como externamente. Tivemos o triênio missionário, o ano da visitação por duas vezes, enviamos um padre missionário para a Diocese de Abaetetuba, outro para a Diocese de Borba e para o próximo ano estaremos enviando mais quatro padres para a Diocese de Juína/MT”, enfatiza Dom Scherer.

Por fim, o Prelado acredita que o missionário, ao levar a Boa Nova a um mundo angustiado e sem esperança, ou cuja esperança se esgota com o último suspiro, não pode se apresentar triste e desacorçoado, impaciente ou ansioso, mas deve manifestar uma vida irradiante de fervor e da alegria de Cristo.

“Nesse espírito, o missionário, sem tergiversar sobre sua fé e sobre a mensagem, abra sua voz para propor aos homens a verdade evangélica e a salvação em Cristo, com absoluta clareza e com todo o respeito pelas opções livres que a consciência dos ouvintes fará. Lembre-se ‘não se abre uma rosa apertando-se o botão'”, conclui. (FB)

Deixe seu comentário

Notícias Relacionadas