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O tempo para conversar com Deus

Redação (Segunda-feira, 15-09-2014, Gaudium Press) Desenvolvidos durante o século XVII, na Alemanha, os primeiros relógios são oriundos de uma região montanhosa conhecida por muitos como Floresta Negra, situada no Sudoeste do país bávaro.

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Naquele tempo, os habitantes fabricavam seus produtos de forma artesanal em suas casas, em vista das baixas temperaturas provocadas pelo inverno que assolava a região, o que impedia os moradores de exercer a prática da atividade comercial nas ruas.

Em 1750, Franz Anton Ketterer, um artesão local, ao adaptar dois foles, usados para a produção de vento, no relógio, no intuito de executar duas notas musicais, criava o que conhecemos atualmente como o som do “cuco”, semelhante ao cântico de um passarinho.

Segundo historiadores, esses tipos de relógios tinham como propósito resgatar os conceitos considerados valorizados em tempos anteriores, como o trabalho artesanal, a relação com a natureza e a união familiar. Mas parece que nem sempre o tempo está ao nosso favor.

Os dias de hoje são assim: alguns passam devagar, outros lentamente. Contudo, o ser humano, o homem em si, mesmo sem olhar as horas em seu relógio ou celular, como habitualmente é feito, não está necessariamente preocupado com isso, mas sim com o tempo. Esse que muitas vezes é determinante em nossas vidas.

No mundo o qual habitamos, as pessoas mal tomam seus cafés da manhã com receio de se atrasarem para seus compromissos profissionais. Muitas delas, inclusive, saem mais cedo de suas moradias para tomar inúmeras conduções com destino ao seu local de trabalho.

No horário do almoço, também continuam a ter dificuldade de encontrar um tempo para se alimentarem da forma adequada, pois muitas vezes ficam debruçadas em seus estudos ou pensando o que farão quando regressarem para suas casas e no planejamento para o final de semana.

Às vezes, pensamos que não temos tempo para mais nada, quando na verdade temos tempo para tudo. É preciso estabelecer sempre um parâmetro, esse que é considerado essencial em todas as ocasiões: o equilíbrio, pois somente com ele, é possível recolocar-se no tempo e a tempo antes que tudo vire uma confusão.

É verdade que todos nós temos nossos afazeres e problemas pessoais e sociais pendentes e que requerem atenção extrema, mas faço-lhe uma pergunta: já parou para pensar quanto tempo você destina para Deus? Pois bem, se caso eu perguntasse para uma pessoa comum, ela certamente me diria que quase não tem ido às missas ou participado de momentos de oração. Mas a questão é outra: a conversa. Você tem dialogado com Deus?

Não podemos negar que somos uma sociedade cada vez mais consumista, de produtos materiais e principalmente, de tempo. “Tempo é dinheiro”, como muitos dizem, mas acredito que alguns minutos de conversa com Deus sejam bem mais valorosos do que a própria moeda de troca. E não digo apenas que devemos manter conversas com o Senhor, mas com nossos pais, familiares, esposa e filhos quem tiver. Muitas vezes não temos a noção da quantidade de tempo que perdemos e que poderíamos aproveitar com as pessoas que nos amam e querem-nos bem.

Por isso, hoje o tempo é de Deus. O “Kairós”, palavra de língua grega antiga que refere-se a “momento oportuno”, deve se fazer presente em nosso meio e entre todos os que estão à nossa volta.

Então, dedique seu tempo pelo seu bem e dos demais. Converse e dialogue com Deus o tempo que for preciso, pois Ele tem todo o tempo do mundo para te escutar.

Por Leandro Massoni Ilhéu

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