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Salesianos inauguram centro de acolhida para crianças órfãs pelo Ébola em Serra Leoa

Freetown – Serra Leoa (Sexta-feira, 12-09-2014, Gaudium Press) O mortal vírus do Ébola segue cobrando vítimas na África e a Igreja Católica, com seus missionários, continua -sem fadiga- dando uma luz de esperança àqueles que sofrem este mal desafiando a mesma enfermidade. Uma esperança que chegou esta semana a Freetown (Serra Leoa), com a inauguração de um novo centro de acolhida para crianças que ficaram órfãs por causa do Ébola, e que está sob a responsabilidade da comunidade salesiana presente no lugar.

Cerca de 12 mil missionários se encontram atualmente dando sua vida nos países do Ébola. Na imagem um dos salesianos que serve na Libéria.jpg
Dom Ángel Fernández, reitor maior dos salesianos, dirige uma mensagem
via Skype aos missionários em Serra Leoa / Foto: ANS.

O Reitor Maior dos Salesianos, Dom Ángel Fernández Artime, saudou via skype aos missionários presentes no país africano, animando-lhes a continuar com seu trabalho em favor dos mais desprotegidos. “Estão fazendo o que Dom Bosco mesmo haveria feito, agradeço por estar aí e ajudar aos jovens que necessitam”, expressou Dom Fernández.

Além disso, lhes recomendou cuidar de si mesmos, tal como o fazem com os demais -especialmente com as crianças-, já que o bem-estar dos missionários depende também seu melhor serviço. “Graças novamente por cumprir a obra de Dom Bosco nesta terra, um abraço a cada um de vocês”, concluiu o Reitor Maior dos Salesianos.

A Casa Generalícia salesiana, segundo informou a agência ANS, continua oferecendo apoio aos seus missionários diante da difícil emergência do Ébola que já causou a morte de mais de 2 mil pessoas. Um apoio que é econômico, mas especialmente “através da oração e o suporte moral, assim como eles se dedicam a ajudar aos jovens e as pessoas necessitadas nestas condições difíceis”.

Em meio da difícil situação há experiências profundas de Deus

O diretor da comunidade salesiana em Freetown (Serra Leoa), Padre Ubaldino Andrade, ao oferecer um relatório sobre o ambiente que enfrentam os missionários de sua congregação com a povoação africana disse que “em meio desta situação, também há momentos de experiências profundas de Deus”.

Como o que narra: “com a chegada de um grupo de jovens da rua com os quais vivemos e trabalhamos em nossa casa, a casa se encheu de alegria, de vida, se entrecruzam os sons do tambor, da flauta, da trombeta, do teclado, os cantos e as danças; são nossos jovens que regressaram à casa e aos que um grupo de esmerados trabalhadores, colaboradores e amigos atende com as mesmas motivações que inspiraram a São João Bosco a dedicar toda a sua vida pelos jovens, especialmente os mais necessitados”.

“Na paróquia se reúnem a cada dia, entre Salesianos, jovens animadores do Movimento Juvenil Salesiano e participantes do plano vocacional, uns 230 corações juvenis. É uma experiência bela de serviço juvenil, na qual se participa em aulas dirigidas, dinâmicas e workshops recreativos. Os participantes são educados e acompanhados na assimilação de hábitos e ações que podem prevenir a propagação da epidemia em sua família e na comunidade na qual vivem, é uma maneira de ajudar a que a enfermidade não os agarre desprevenidos. Necessitamos reduzir o sentimento de medo e pânico entre as pessoas que só piora a situação na qual vivemos. Durante a experiência se compartilha um bom prato de comida a cada dia e em alguns casos almoço e jantar”, continua narrando o Padre Andrade.

Dom Ángel Fernández, reitor maior dos salesianos, dirige uma mensagem via Skype aos missionários em Serra Leoa. Foto ANS..jpg
Cerca de 12 mil missionários se encontram atualmente dando sua vida
nos países do Ébola. Na imagem um dos salesianos
que serve na Libéria / Foto: ANS.

Além disso -prossegue o sacerdote-, se compartilha a alegria da gente “que pode sobreviver à enfermidade (…) É bom saber que nem tudo é morte, alguns puderam acudir em bom tempo aos centros e conseguiram sobreviver”.

Por volta de 12 mil missionários, entre eles os salesianos, se encontram atualmente dando sua vida nos países do Ébola, lugares onde existe uma minoria de católicos. Eles tem dedicado estar ao lado do que sofre oferecendo-lhe consolo, alento e alívio a sua dor. (GPE/EPC)

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