Santo Padre abençoa a pedra fundamental da futura Catedral do Golfo Pérsico
Cidade do Vaticano (Terça-feira, 09-09-2014, Gaudium Press) Uma rocha que será a primeira pedra da futura Catedral de Nossa Senhora da Arábia de Bahréin, o templo católico mais grande do Golfo Pérsico, foi abençoada pelo Papa Francisco em um ato a qual assistiram Dom Petar Rajic, Núncio Apostólico para a Península Arábica, e alguns fiéis católicos de Bahréin e países vizinhos. A rocha abençoada foi tomada da Porta Santa aberta por São João Paulo II no Jubileu do Ano 2000.
A Catedral de Nossa Senhora da Arábia terá uma grande importância para os católicos no norte da península (cujo número se calcula em 2,5 milhões). “Não só será um centro maior para os católicos de todo Bahréin, mas para católicos dos países vizinhos da região”, comentou a organização. “Sobretudo da próxima Arábia Saudita, onde é impossível construir templos cristãos”. A Organização ‘Northern Arabia Catholic Faith Services’ calculou que por volta de 100 comunidades católicas subterrâneas no Vicariato do Norte da Arábia se beneficiarão do projeto.
As dimensões do templo são certamente inusuais em um território majoritariamente muçulmano. A Catedral terá uma capacidade de 2.500 pessoas sentadas e será construída em um terreno doado pelo Rei Hamad bin Isa Al Khalifa. Além do templo se edificará um grande centro pastoral e um espaço de alojamento para receber aos peregrinos. Dom Camillo Ballin, Vigário para o Norte da Arábia, trabalhou para a concessão de fundos sobretudo nos Estados Unidos. A construção pode iniciar antes do final de 2014, tomando de três a cinco anos de trabalho.
“Deus nos deu uma grande oportunidade de pôr nossa Fé em ação e fazer algo especial por milhares de trabalhadores migrantes, para que tenham um lugar onde servir e render culto”, afirmou em um comunicado a ‘Northern Arabia Catholic Faith Services’. Calcula-se que os católicos de Bahréin somam-se 100 mil crentes, dos quais 2 mil são de origem local. Só na Arábia Saudita, por volta de 1,5 milhões de católicos filipinos e indianos carecem de templos autorizados e se expõem a penas de prisão ou deportação manifestam abertamente sua Fé. (GPE/EPC)
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