Arcebispo de Porto Alegre escreve artigo sobre a missão da comunidade cristã
Porto Alegre – Rio Grande do Sul (Segunda-feira, 08-09-2014, Gaudium Press) “A palavra ‘comunidade’ diz que nós, os comunitários, os que se consideram participantes da comunidade, temos algo em comum. A pergunta que logo nos fazemos é: o que temos em comum, nós que vivemos e nos sentimos engajados numa determinada comunidade?”, escreveu o Arcebispo de Porto Alegre, Dom Jaime Splenger, Arcebispo de Porto Alegre, no Ro Grande do Sul, em seu mais recente artigo.
De acordo com o prelado, “a comunidade dos batizados é chamada a viver o compromisso assumido, isto é, a renúncia ao mal e o cultivo da fé no Deus Uno e Trino; e como peregrinos de uma mesma tarefa”, onde todos são um só, em Cristo Jesus, e “cada um se empenha por cultivar os próprios carismas, tendo em vista o bem de todos (cf. Ef 4,7-16)”.
“Assim, a participação na vida da comunidade dos batizados se torna exercício da vida de Jesus Cristo, pois pelo batismo fomos revestidos de Cristo (Gl 3,27)”, disse.
Para Dom Splenger, o que realmente constitui a comunidade é o Batismo, o que a faz ser unida com base no empenho, na busca, na determinação e no querer fazer nossos os sentimentos de Cristo Jesus, de quem fomos revestidos.
Contudo, o Arcebispo de Porto Alegre adverte que “engajar-se mais ou menos na vida cotidiana da comunidade não é necessariamente expressão de uma compreensão vigorosa do ‘batismo que nos lavou, do espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu'”, pois o que importa mesmo é o testemunho do compromisso oriundo da Fé assumida ainda no Batismo.
Quando abordou sobre a dimensão comunitária da Fé cristã, o religioso lembra-se que ela expressou-se de diferentes modos ao longo da história. Porém, o lugar privilegiado para a expressar a Fé são as paróquias, pelo fato de elas continuarem “sendo lugar significativo onde o cristianismo se torna visível’ e onde “os batizados se encontram na celebração dos mistérios da salvação, exercitam-se na caridade e anunciam o que creem”.
Ainda segundo Dom Splenger, a comunidade cristã tem como característica a comunhão dos batizados que formam uma paróquia e desse modo, “se expressa o valor da paróquia que, por sua vez, em comunhão com as outras Paróquias de uma determinada região ou rito, constituem uma Igreja Particular ou Diocese”.
“Ela (paróquia) é lugar de vida, espaço onde pessoas marcadas por virtudes e fragilidades buscam viver a Fé, testemunhar o batismo, praticar o bem e a justiça, em comunhão com as demais comunidades e/ou Paróquias”, finalizou. (LMI)
Da redação Gaudium Press, com informações Arquidiocese de Porto Alegre
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