“Somente a Misericórdia de Deus põem fim ao mal”, ressalta o Cardeal Schönnborn
Bogotá – Colômbia (Segunda-feira, 18-08-2014, Gaudium Press) “Quero consagrar ao mundo a Misericórdia Divina. O faço com o desejo ardente de que a mensagem do amor misericordioso de Deus proclamado aqui através de Santa Faustina, chegue a todos os habitantes da Terra e encha seu coração de esperança. Que esta mensagem se difunda a partir deste lugar a toda nossa amada pátria e ao mundo”. Recordando estas palavras que São João Paulo II dirigiu em agosto de 2002 ao consagrar o Santuário da Divina Misericórdia de Cracóvia (Polônia), o Cardeal Christoph Schönnborn, Arcebispo de Viena e presidente do Patronato da Divina Misericórdia, iniciou na última sexta-feira, 15 de agosto, o III Congresso Apostólico Mundial da Misericórdia (WACOM III, sua sigla em inglês), que ocorre em Bogotá (Colômbia), até o dia 19 de agosto.
Durante sua intervenção, onde abordou o tema “A Misericórdia Divina, nossa missão”, o purpurado enfatizou que “unicamente a misericórdia de Deus põem fim ao mal”, acrescentando que não pode haver misericórdia sem três aspectos: preço, verdade e testemunho.
Ao aprofundar no primeiro ponto, o Cardeal Schönnborn disse que não pode haver misericórdia sem que se pague um preço: “o que se deixa passar é o alto preço que se tem que pagar pela misericórdia”, já que -como explicou-, ao homem lhe custa entender quando se atua com misericórdia, e um exemplo disso é a Parábola do Filho Pródigo.
Logo, ao referir-se ao segundo aspecto, disse que “não há verdade sem misericórdia”. Neste sentido recordou as palavras de Jesus quando diz “A verdade os fará livres”, para recordar que “uma misericórdia que oculta ou cala a justiça, não é autêntica misericórdia (…) Ao contrário, é uma obra de misericórdia dizer a verdade, levá-la à luz, mas não à luz expondo ao outro a vergonha pública, com humilhação”. Neste sentido expressou: “Quanto mal se faz com a difamação!”.
De acordo com o Cardeal, a verdadeira misericórdia se encontra naquelas palavras que disse Jesus à samaritana: “Eu não te condeno”. “Palavras que -segundo o purpurado- abre o coração” e fazem a real experiência da misericórdia. “Sem a verdade sobre nossa vida, a misericórdia de Jesus não pode tocar”, acrescentou.
Finalmente, ao abordar o terceiro ponto, o Arcebispo de Viena assegurou que só através da misericórdia divina se pode experimentar o perdão, e que para isso “necessitamos tanto os testemunhos. É entender o que diz Jesus: ‘misericórdia quero e não sacrifício, não vim chamar aos justos, mas aos pecadores'”.
Ao concluir sua intervenção, o presidente do Patronato da Divina Misericórdia desejou aos participantes do Congresso que o evento seja uma oportunidade e uma graça que permita a todos “serem testemunhas, e experimentar em sua própria vida, da riqueza da Misericórdia de Deus”.
O III Congresso Apostólico Mundial da Divina Misericórdia, que reúne a centenas de peregrinos procedentes de diversas partes do mundo em torno do apostolado da misericórdia, conta com a presença do Cardeal Francisco Javier Errázuriz, Arcebispo Emérito de Santiago de Chile, que participa em representação do Santo Padre Francisco; e o Cardeal Rubén Salazar Gómez, Arcebispo de Bogotá e Primaz da Colômbia. Também estão presentes Dom Domenico Cancian, da Diocese de Città di Castelo, em representação da Conferência Episcopal Italiana, e Dom Ettore Balestrero, Núncio Apostólico na Colômbia, entre outros convidados.
Gaudium Press / Sonia Trujillo
Traduzido por Emílio Portugal Coutinho
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