Bento XVI reforça necessidade de ajuda internacional ao Haiti

Cidade do Vaticano (Segunda, 06-07-2009, Gaudium Press) O Papa Bento XVI recebeu hoje em audiência Carl-Henry Guiteau, enviado extraordinário e plenipotenciário do Haiti junto a Santa Sé. A cerimônia, de praxe, foi para apresentação das credenciais do novo representante do país caribenho no Vaticano.

Durante o encontro, que aconteceu no Palácio Apostólico, o Santo Padre pediu maior solidariedade da comunidade internacional com o Haiti, um dos países mais pobres do mundo, principalmente após as recentes catástrofes naturais causados por furacões e também pela “vulnerabilidade do Haiti com intempéries, muitas vezes violentas, que o atingem frequentemente”.

O Papa notou que “a exploração imprudente dos recursos da criação e suas conseqüências, que afetam gravemente a vida dos mais pobres, só poderão ser enfrentadas eficazmente com escolhas políticas e econômicas conformes à dignidade humana e com uma cooperação internacional efetiva.”.

Ele agradeceu também ao governo do Haiti por “uma proteção eficaz às mulheres e às crianças que são sobretudo vítimas de violência, de abandono ou de injustiça”.

Bento XVI concluiu falando dos jovens, cuja educação deve ser uma prioridade para o futuro do Haiti. “A educação é importante e urgente para desenvolver a qualidade da vida humana, seja em nível individual, seja social. Com efeito, na raiz da pobreza se encontram diversas formas de privação cultural.” Nesse sentido, o Papa louvou o trabalho da Igreja Católica, que oferece uma contribuição notável por meio de suas inúmeras instituições educativas.

Biografia

Carl-Henry Guiteau nasceu em Porto Príncipe em 17 de janeiro de 1952. É casado e tem dois filhos. Graduado em Engenharia (Haiti, 1979), exerceu as seguintes funções: docente de matemática (1976-1984), coordenador pedagógico (1979-1997) e diretor-geral adjunto nas Escolas Superiores do Haiti (1997-2001); encarregado do Programa e da Pesquisa junto ao Instituto Superior de Formação Política e Social (ISPOS) (1999-2002); embaixador do Haiti junto à Santa Sé (2002-2004); conselheiro junto ao ISPOS (2005-2007); e gestor do projeto educativo do Centro Internacional de documentação haitiano, do Caribe e afro-canadense (CIDIHCA), entre fevereiro e agosto de 2007. Participou ainda de numerosas conferências internacionais sobre o papel e a formação dos professores. Fala três línguas.