Anistia Internacional acusa Israel de ‘destruição cruel’ contra Faixa de Gaza
São Paulo (Quinta, 02-07-2009, Gaudium Press) A ONG Anistia Internacional (AI) acusou, nesta quinta, Israel de praticar a “destruição cruel” da Faixa de Gaza em ataques cujos principais alvos eram civis palestinos, durante uma ofensiva em 28 de dezembro de 2008 e 18 janeiro, contra o território palestino controlado pelo Hamas. “A maior parte da destruição foi cruel e deliberada” disse a AI.
Segundo o relatório de 177 páginas, 1.400 palestinos foram mortos na operação, inclusive cerca de 300 crianças, número coerente com o que consta nos dados do Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas e pela organização Centro Palestino de Direitos Humanos.
O exército israelense afirma que morreram 1.166 palestinos, 295 dos quais, eram civis. 13 israelenses foram mortos, incluindo três civis, durante a ofensiva lançada por Israel, com o objetivo declarado de pôr fim ao lançamento de foguetes.
O Hamas também foi criticado pela organização de defesa dos direitos humanos sediada em Londres. O relatório os acusa de “crimes de guerra” por ter disparado foguetes contra Israel.
A AI afirma não ter encontrado evidências que apoiem as acusações israelenses de que os guerrilheiros em Gaza tenham usado civis como “escudos humanos”, mas diz ter evidências de maus-tratos contra civis palestinos praticados por soldados israelenses.
O exército israelense disse que atuou de acordo com o Direito Internacional e que o relatório ‘ignora os esforços feitos pelas forças israelenses para minimizar o sofrimento dos não combatentes’.
Tanto o Hamas quanto o exército de Israel, segundo agências de notícias, classificaram o relatório como ‘desvirtuado’. Numa entrevista coletiva, Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas, rejeitou as denúncias contidas no dossiê da ONG.
“O Hamas acha que o relatório é desvirtuado e sofre de falta de profissionalismo, já que iguala as vítimas aos executores e ignora o direito de nosso povo de resistência à ocupação”, afirmou Zuhri. “A Anistia não ouviu a versão dos líderes do Hamas sobre a verdade”.
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