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A história das tradicionais ‘parmureli’ do Domingo de Ramos

Cidade do Vaticano (Sexta-feira, 11-04-2014, Gaudium Press) Por volta de 3 mil ‘parmureli’ – folhas novas brancas de palmeira tramadas – serão utilizadas durante a celebração do Domingo de Ramos na Praça São Pedro.

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As ‘parmureli’ serão enviados de San Remo e de Bordighera, região da Ligúria, e serão entregues ao Santo Padre, aos Cardeais, Bispos e fiéis presentes na cerimônia.

O Papa Francisco receberá uma ‘parmureli’ entrelaçada com três folhas de palmeira unidas, simbolizando a Santíssima Trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. A obra foi confeccionada pela Cooperativa ‘Il cammino’, junto aos outros 3 mil exemplares de dimensões menores, todos entrelaçados segundo a tradição da Ligúria.

Origem da Tradição

A tradição das ‘parmureli’ surgiu em 10 de setembro de 1586 na Praça São Pedro, quando foi levantado o obelisco egípcio de 26 metros de altura, pesando 350 toneladas, tendo como protagonista o Capitão Benedetto Bresca, de San Remo. Dada a complexidade da operação, o Papa Sisto V havia ordenado o silêncio absoluto dos trabalhadores. Ao observar que as cordas que levantavam o obelisco estavam por se romper, Bresca, conhecedor da técnica para evitar o acidente e transgredindo a ordem, gritou: “Aiga ae corde” (água nas cordas). As cordas foram então molhadas e a operação completada sem problemas. Sisto V, agradecido, ofereceu a ele a escolha de uma compensação. Bresca pediu o privilégio de ter a honra de ser o fornecedor oficial das palmas pascais ao Pontífice.

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Nos anos 70 a tradição das ‘parmureli’ serem enviadas da Ligúria foi interrompida, quando coube às monjas camaldulense a missão de trançar as folhas novas das palmeiras para as igrejas de Roma. No ano de 2003, através de uma iniciativa do Centro de Estudos e Pesquisa das Palmas, da Cooperativa Social ‘Il Cammino’ e da Prefeitura de San Remo, a antiga tradição foi retomada, permanecendo até os nossos dias. (EPC)

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