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Fiéis arriscam suas vidas na Nigéria para assistir a Missa

Maiduguri – Nigéria (Quinta-feira, 20-03-2014, Gaudium Press) Um relatório da heróica Fé dos católicos no norte da Nigéria foi divulgado pela organização Ajuda à Igreja que Sofre, no último dia 17 de março. Os fiéis de Maiduguri participam da Eucaristia, apesar de estarem sofrendo um dos mais fortes ataques de extremistas sobre a cidade. Enquanto inúmeras explosões de granadas lançadas por foguetes ocorriam, os católicos encheram a Catedral de São Patrício. O Padre John Bakeni falou com os paroquianos, que indicaram que, inclusive se a violência piorasse, eles prefeririam morrer na igreja do que em qualquer outro lugar.

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“Ontem de manhã houveram muitas explosões de bombas, mas isso não pareceu dissuadir as pessoas de ir à igreja”, relatou o Padre Bakeni. “Foi uma experiência muito grande e edificante ver tantas pessoas na Eucaristia. O lugar estava lotado”. O sacerdote, surpreso com a coragem dos fiéis, lhes felicitou por estar nesse lugar apesar do grave perigo: “A sua presença em tão grande número é um sermão em si mesmo”, declarou.

O forte ataque teve como objetivo chegar a uma base militar e libertar um grupo de insurgentes capturados no local. Além disso, foram registrados ataques a zonas residenciais e a uma universidade, o qual se encaixa com a rejeição do grupo terrorista islâmico Boko Haram à educação ocidental. O êxito das milícias radicais nestes ataques põe em dúvida a capacidade do Estado para controlar as ameaças e garantir os direitos dos cidadãos, especialmente os cristãos, considerados objetivo militar do grupo.

“Estamos todos vivendo com medo agora, dirigidos para Deus e contando com nossas orações”, comentou o sacerdote. “Os militares estão fazendo o seu melhor trabalho, mas lhes falta o armamento moderno para combater essas pessoas que estão muito mais sofisticadas”. O Padre Bakeni expressou a importância da solidariedade espiritual com aqueles que sofrem com essa grave violência. “Por favor, orem para que esta violência termine”, exortou. “Nós realmente sentimos a força do apoio das pessoas no país e fora dele.”. (GPE/EPC)

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