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Bento XVI irá inaugurar restauração da Capela Paulina do Vaticano

Cidade do Vaticano (Sexta, 26-06-2009, Gaudium Press/RV) O Papa Bento XVI irá inaugurar, no próximo dia 4 de julho, os trabalhos de restauração da Capela Paulina no Vaticano, segundo informou hoje a Sala de Imprensa da Santa Sé.

De acordo com a nota divulgada nests sexta, a Santa Sé fará uma coletiva de imprensa com os novos detalhes no próximo dia 30, na Sala Régia da residência pontifícia vaticana. Participarão do encontro com os jornalistas, entre outros, o presidente da Pontifícia Comissão para o Estado da Cidade do Vaticano, cardeal Giovanni Lajolo, e o diretor dos Museus Vaticanos, Antonio Paolucci.

Apesar disso, a chancelaria vaticana disse que as modificações introduzidas por Paulo VI, no espaço litúrgico, logo após o Concílio Vaticano II, serão quase todas revertidas, fazendo com que a maior parte das peças da capela retorne a seu lugar original. Uma das exceções será o altar em mármore, cuja colocação possibilitará a celebração da missa com o celebrante voltado para o povo ou para a cruz.

A capela paulina, assim batizada em homenagem ao Papa Paulo III, cujo pontificado durou de 1534 a 1549, traz os possíveis dois últimos afrescos pintados por Michelangelo, já aos 76 anos: a conversão de São Paulo e a crucificação de São Pedro.

Com capacidade para cerca de 100 pessoas, a Capela Paulina foi de 1979 a 1982 o local escolhido por João Paulo II para os batizados. A celebração anual mudou para a Capela Sistina em 1983, ano em que aumentou o número de batizados pelo pontífice.

Além disso, as regras para o conclave que elege o papa determinam que os cardeais se juntem na Capela Paulina para o voto secreto, antes de se dirigirem, em procissão, para a Capela Sistina. Esta regra não pôde ser cumprida em 2005, ano da eleição de Bento XVI, devido às obras de restauração do espaço.

De acordo com o jornal “L’Osservatore Romano”, em artigo publicado hoje, a matização das cores utilizada pelo artista quando da confecção dos afrescos seria semelhante à utilizada por Michelangelo na sua obra mais famosa, “Juízo Final”, na Capela Sistina. A informação é do diretor dos Museus, Paolucci.

“Liberados da cobertura escura e oleosa que os sufocava e obscurecia, os afrescos de Michelangelo emergiram de novo, com sua coerência figurativa e verdade cromática” – afirma Paolucci no artigo. A restauração, todavia, não teve como objetivo restituir o esplendor original aos afrescos, mas sim promover sua preservação e torná-los mais agradáveis ao olhar.

 

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