Papa alerta os fiéis para não fecharem seus horizontes diante de Deus
Cidade do Vaticano (Quarta-feira, 27-11-2013, Gaudium Press) As baixas temperaturas em Roma não impediram os milhares de fiéis, que lotaram a Praça São Pedro na manhã desta quarta-feira, 27, para acompanhar a Audiência Geral do Papa Francisco.
O Santo Padre concluiu o ciclo de catequeses sobre o Credo, desenvolvido durante o Ano da Fé, encerrado no último domingo, 24, na Solenidade de Cristo Rei do Universo.
Analisando o primeiro aspecto contido no tema da ressurreição da carne, no Catecismo da Igreja Católica, o Papa afirmou que há um modo errado de olhar a morte, pois ela diz respeito a todos nós e nos interroga de maneira profunda, principalmente quando acontece de modo escandaloso.
“Quando consideramos a nossa vida entre dois polos, o nascimento e a morte, nós nos fechamos para o horizonte de Deus”, comentou.
Quando perdemos uma pessoa amada, complementou o Pontífice, percebemos que, mesmo no drama da perda, sai do coração a convicção de que tudo não termina ali, pois há um instinto poderoso dentro de nós, que nos diz que a nossa vida não acaba com a morte.
Segundo o Papa, esta sede de vida encontrou a sua resposta real e confiável na ressurreição de Jesus Cristo, que não nos dá somente a certeza da vida além da morte, mas ilumina também o próprio mistério da morte de cada um de nós.
Para ele, “uma pessoa tende a morrer como viveu”, pois, se a minha vida foi um caminho com o Senhor, de confiança na sua misericórdia, estarei pronto a aceitar o último momento da minha existência terrena, preparando-me para viver uma outra vida, ao lado com o Pai celeste.
O Santo Padre ainda alentou que devemos nos preparar estando perto de Jesus através da oração, nos Sacramentos e também na prática da caridade.
“A solidariedade em compadecer a dor e infundir a esperança é premissa e condição para receber em herança o Reino preparado para nós. Quem pratica misericórdia, não teme a morte, porque a olha de frente nas feridas dos irmãos e a supera com o amor de Jesus Cristo. Se abrirmos a porta da nossa vida e do nosso coração aos irmãos menores, então também a nossa morte se tornará uma porta que nos introduzirá ao Céu”, concluiu. (LMI)





Deixe seu comentário