“As obras da Fé serão transformadas em glória, plenitude, felicidade na eternidade”, afirma o Arcebispo de Londrina
Londrina – Paraná (Sexta-Feira, 22/11/2013, Gaudium Press) “O Ano da Fé: conclusão e continuidade” é o título do artigo de Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Londrina, no Paraná. Com o encerramento do Ano da Fé no próximo domingo, dia 24 de novembro, o prelado faz uma reflexão sobre o tema, afirmando que entramos pela “porta da Fé” e percorremos um caminho pessoal, eclesial e social. Para ele, fomos convidados a voltar ao poço e fazer a experiência da Samaritana, a entrar no deserto e na desertificação do mundo e transformá-lo em jardim.
De acordo com o Arcebispo, a luz da Fé foi como um fogo, uma labareda, um incêndio, uma iluminação. Dom Orlando destaca que fizemos a experiência do sabor, do gosto, do tempero, da delícia de viver, conviver e sobreviver no mundo, com Fé. Conforme ele, o Ano da Fé foi uma experiência pessoal, comunitária, eclesial, celebrativa, reflexiva, testemunhal e transmissora da Fé, nos fazendo perceber a verdade, a força e a beleza da Fé e voamos com as duas asas da Fé e razão, Fé e oração, Fé e ação, Fé e amor, Fé e política, Fé e vida, Fé pessoal e eclesial, Fé e Igreja.
“Ficamos fascinados com as características da Fé, a saber: a Fé é trinitária, eclesial, apostólica, teologal, justificadora, salvifica, sobrenatural, martirial, dialogal, obediencial, tradicional e transmissível. Oito exemplos de Fé nos foram dados a imitar: Maria, os Apóstolos, os discípulos, os mártires, os consagrados, os missionários, os leigos, os cristãos e nós mesmos agraciados com dom da Fé”, ressalta.
O prelado salienta também que ainda há Fé fraca, ingênua, infantil, mágica, imatura, fideista, confusa. Segundo ele, uma Fé fraca aumenta e fortalece a rotina, a mediocridade, as preocupações, os apegos, as omissões, os medos, as idolatrias. Para Dom Orlando, a Fé é resposta, obediência, profissão, certeza, convicção, vitoria, escudo, couraça, poder, fundamento, alicerce, confiança, combate, aceitação, entrega, oblação, êxodo.
“Foi muito bom ler no catecismo sobre a liberdade da Fé, a necessidade da Fé, a perseverança na Fé e que a Fé já é inicio da vida eterna aqui e agora. Os modelos completos de Fé são Abraão e Maria, mas a Escritura fala também da Fé de Enoc, Noé, Sara, Isaac, Jacó, José do Egito, Moisés, Raab, Gedeão, Barac, Sansão, Jefté, Davi, Samuel e os profetas”, completa.
O Arcebispo ainda lembra da Carta aos Hebreus, Capitulo 11, em que as pessoas de Fé conquistaram terras e reinos, praticaram a justiça, viram a realização das promessas, taparam a boca dos leões, extinguiram o fogo, escaparam da espada, triunfaram de enfermidades, foram corajosas e venceram exércitos. Eles ainda sofreram escárnio, açoites, cadeias, prisões, torturas, foram apedrejados, massacrados, serrados ao meio, perseguidos, maltratados, mas não abandonaram a fé na ressurreição.
“Eis o que é o combate da Fé. Tudo é possível ao que crê e a Deus nada é impossível. A luta pela Fé traz a consolação da Fé eleva nossas faculdades, ilumina a mente, atrai a vontade, infunde dons. O justo vive da Fé, crê com o coração e professa a Fé com os lábios e tem certeza da vitoria, da gloria, da esperança. Alegra-se até nas provações. Nunca será confundido, guarda o deposito da Fé e o transmite”.
Por fim, Dom Orlando afirma que o Ano da Fé teve seu início com a Carta Apostólica “Porta da Fé” (Porta Fidei) e se conclui com a Encíclica “Luz da Fé” (Lumen Fidei). Ele enfatiza que termina o Ano da Fé e continua com mais vigor a profissão, a celebração, a vivência da Fé, até o fim dos tempos. “As obras da Fé serão transformadas em glória, plenitude, felicidade na eternidade. Aumentai Senhor a nossa Fé”, conclui o prelado. (FB)





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