ONU pede que governos reforcem ações de proteção às crianças vítimas de conflitos armados
Nova York (Quinta, 18-06-2009, Gaudium Press) A ONU pediu ontem que nações de todo o mundo incrementem programas e medidas de proteção a crianças em países que passam por guerras ou conflitos armados.
A recomendação veio na esteira da publicação da “Revisão Estratégica dos 10 anos do Estudo de Graça Machel”, pelo Unicef. O documento revela que 1 bilhão de crianças vivem em países ou territórios afetados por conflitos. Deste total, 300 milhões têm menos de cinco anos de idade.
A autora do Estudo original, Graça Machel, é ex-primeira-dama de Moçambique e mulher do Prêmio Nobel da Paz Nelson Mandela. Ela concluiu o primeiro estudo sobre crianças em conflito, a pedido da ONU, em 1996.
Na revisão, apresentada nesta terça-feira, os especialistas citaram projetos nos países de língua portuguesa Angola, Moçambique e Timor-Leste, como exemplos de reintegração. As três nações passaram por conflitos nas últimas décadas.
Para o UNICEF, a natureza dos novos conflitos torna o impacto da guerra sobre crianças ainda mais brutal. Elas se tornam vítimas da proliferação de armas de pequeno calibre, minas, atos de terrorismo e contraterrorismo. Além disso, muitos são recrutados como combatentes e detidos ilegalmente e estão sujeitos a abusos sexuais.
O relatório do Uicef confirma também que as crianças que vivem em zonas de conflito são ameaçadas por situações de pobreza, desnutrição, deslocamentos internos e doenças e, muitas vezes, não frequentam a escola.
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