Gaudium news > “Podemos amar a Deus apesar de sermos pequenos, se colocarmos amor nas coisas insignificantes de cada dia”, afirma o bispo de Frederico Westphalen

“Podemos amar a Deus apesar de sermos pequenos, se colocarmos amor nas coisas insignificantes de cada dia”, afirma o bispo de Frederico Westphalen

Frederico Westphalen (Terça-Feira, 22/10/2013, Gaudium Press) No mais recente artigo de dom Antônio Carlos Rossi Keller, bispo da diocese de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul, com o tema “Tende compaixão de mim, Senhor”, ele afirma que Jesus apresenta-nos o exemplo do publicano, considerado pecador, como exemplo de oração humilde que Deus não deixa de escutar. Para o prelado, podemos cair na situação do fariseu orgulhoso, que vai ao templo para se gabar diante de Deus, desprezando os outros, pois quando alguém está cheio de si não pode abrir-se à graça.

De acordo com o bispo, isto pode acontecer na oração: “Deus resiste aos soberbos e dá a sua graça aos humildes” (1 Ped 5, 5), nos diz a Sagrada Escritura. Dom Antônio destaca que hoje o orgulho e a vaidade imperam por toda a parte precisamos cultivar com mais empenho a humildade. Ele cita Santa Teresa de Ávila que dizia que a humildade é a verdade e que se alguma coisa temos de bom foi Deus que nos deu e temos de lhe agradecer. “De nosso, temos apenas os pecados. Havemos de reconhecê-los e pedir perdão ao Senhor, que nos perdoa e nos limpa e nos enche da Sua graça.”

O prelado ressalta também que na segunda Leitura deste domingo, escutamos S. Paulo, nos finais da vida, em Roma, que escreve a seu discípulo Timóteo, consciente de que a sua carreira estava chegando ao fim. Conforme o texto, não o assustava a morte nem o martírio que se aproximava, e ele pode exclamar: “Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé”. Dom Antônio salienta que toda a sua vida, após a conversão, foi gasta ao serviço de Cristo, espalhando por toda a parte a Sua doutrina, sem poupar sacrifícios, sem medo das perseguições.

“Também nós temos o nosso combate na vida de cada dia. Em primeiro lugar dentro da nossa alma. Procurando cumprir fielmente a vontade de Deus, lutando contra os nossos defeitos, acudindo às fontes da graça, cuidando os tempos de oração, recorrendo ao sacramento da penitência com assiduidade, preparando bem o nosso encontro com Cristo na Eucaristia. É a ascese cristã, a luta diária pela santidade, o único negócio que vale a pena e que não podemos descuidar, sob pena de termos fracassado em nossa vida”, explica o bispo.

Outra mensagem lembrada pelo prelado é a de João Paulo II que, ao começar o terceiro milênio, afirmou que a meta para todos os cristãos é a santidade. Segundo dom Antônio, podemos amar a Deus apesar de sermos pequenos, se pomos amor nas coisas insignificantes de cada dia. Ele enfatiza que é o amor que dá valor a tudo o que fazemos e para sermos santos contamos com a ajuda do Espírito Santo que Jesus nos enviou no dia do nosso batismo e depois na confirmação, pois é Ele que nos faz santos.

“Temos de contar com Ele, deixar-nos modelar por Ele. Para nos fazer santos, Deus conta com a nossa docilidade. O pecado mortal o expulsa da nossa alma: o pecado venial estorva a Sua ação em nós. Por isso temos de converter-nos, tirar os obstáculos à ação do Paráclito. Deus que quer divinizar-nos. Peçamos ao Divino Santificador que nos dê um horror muito grande ao pecado mesmo venial. Ele é a única desgraça que verdadeiramente nos pode acontecer, porque nos leva a perder a Deus e a rejeitar o Seu amor e a Sua salvação”.

Ainda com relação à luta pela santidade, o bispo recorda que ela anda unida ao apostolado. Ele salienta que o próprio Senhor enviou os doze por todo o mundo para espalhar a Boa Nova, enviou a Paulo depois de convertido e a tantos outros que foram colaboradores dos Apóstolos e seus sucessores, mas envia também todos os seus discípulos a espalhar a mensagem da salvação entre aqueles que os rodeiam.

Por fim, dom Antônio afirma que assim fizeram os primeiros cristãos, como nos relata o Livro dos Atos dos Apóstolos, e o cristianismo espalhou-se rapidamente pelo Império Romano. Para o bispo, o exemplo daqueles homens e mulheres que levavam uma vida limpa, que amavam até os seus inimigos, que iam para o martírio cantando com alegria impressionava os que os viam e a sua palavra corajosa e cheia de entusiasmo ia dando a conhecer Jesus e conquistava para Ele novos seguidores.

“Peçamos a Deus, neste domingo, que todos nós aprendamos a combater o bom combate e guardar a fé, tesouro maravilhoso que o Senhor nos confiou e que temos obrigação de comunicar aos outros”, conclui. (FB)

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