Em Quebec, Canadá: sÃmbolos religiosos, sim ou não?
Quebec – Canadá (Quinta-feira, 17-10-2013, Gaudium Press) – Dentro da controvérsia sobre uma possíivel proibição de símbolos religiosos nas instituições públicas em Quebec, no Canadá, as atenções se voltaram para o crucifixo que preside a Assembleia Nacional, que seria excluído da norma por seu significado histórico.
A Assembleia dos Bispos Católicos de Quebec convidou os legisladores a ver esta imagem de Jesus Cristo segundo seu verdadeiro significado: “O crucifixo representa o maior ato de amor de Cristo, dando sua vida pela salvação do mundo”, afirmaram os prelados em um comunicado do dia 9 deste mês.
A Igreja não exige que o crucifixo permaneça na Assembleia nem que seja retirado, porém deseja-se que seja recordado seu significado inegavelmente religioso. “Ele foi colocado ali por eleição e a decisão de mante-lo ou retirá-lo deve ser tomada de acordo com vontade da população”, advertiram, enquanto explicavam que a Igreja respeita qualquer decisão a respeito.
Neste contexto, alertaram que o crucifixo “não é um objeto de museu, uma simples recordação do passado ou uma peça de patrimônio. Deve ser tratado com o respeito devido a um símbolo fundamental da Fé católica”, exortaram. “É venerado por milhões de pessoas de todas as nações, e pela maioria dos quebequenses”.
A Igreja manifestou seu firme desacordo com os conteúdos do projeto da “Carta de Valores de Quebec”, um texto que proíbe os símbolos religiosos nas instituições públicas sob o argumento do caráter laico do estado. Ainda que a Igreja não procure estabelecer um estado confessional, objeta-se as limitações às manifestações públicas da Fé os cidadãos.
“Ainda que possa ser certo que o estado seja secular, a sociedade é pluralista”, comentou em setembro o Arcebispo de Rimouski e Presidente da Assembleia, Dom Pierre-André Fournier. “Em nível espiritual e religioso, o povo é livre para crer ou não crer. Não existe uma religião oficial, mas, tampouco existe ateísmo oficial. essa é a neutralidade”.
O prelado exigiu do Estado respeito das expressões de Fé dos crentes e recordou que a liberdade religiosa faz parte destacada dos direitos humanos que os estados têm obrigação de proteger. (TGE-JS)
Com informação da Assembleia dos Bispos Católicos de Quebec.
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