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Diante da Imagem de Fátima, Papa medita sobre "A Fé de Maria"

Cidade do Vaticano (Segunda-feira, 14-10-2013, Gaudium Press) – A celebração mariana realizada no sábado, 12, reuniu milhares de peregrinos na Praça São Pedro, no Vaticano.

Os fiéis que lotavam a Praça rezavam, enquanto aguardavam a chegada da Imagem de Nossa Senhora do Rosário de Fátima que vinha do Santuário de Fátima, em Portugal.

Às 16 horas locais, logo depois de pousar no heliponto do Vaticano, a Imagem, escoltada pela Guarda Suíça e por gendarmes do Vaticano, foi conduzida em uma peregrinação que percorreu todos os setores da Praça de São Pedro e também do adro da Basílica.

No Adro de São Pedro, o Papa Francisco recebeu a venerável Imagem.

O que estava sendo realizado era parte do primeiro encontro do Ano da Fé dedicado a Nossa Senhora e foi nesta ocasião que o Pontífice fez uma reflexão na qual meditou sobre “A Fé de Maria”.

O Santo Padre afirmou que a Imagem vinda da Virgem de Fátima nos ajuda a sentir a sua presença no meio de nós, e, logo, perguntou: “Como foi a fé de Maria?”. Para em seguida indicar três pontos para a reflexão:

O primeiro elemento oferecido pelo Papa foi inspirado na Constituição Dogmática Lumen Gentium, do Concílio Vaticano II. Ela afirma que a fé de Maria desata o nó do pecado e da desobediência, o nó da incredulidade de Eva.

Comparando com nosso relacionamento com Deus, o Papa disse que quando não O ouvimos, não seguimos Sua vontade e agimos demonstrando falta de confiança no Senhor: forma-se dentro de nós uma espécie de nó. “Estes nós são perigosos, porque de vários nós pode resultar um emaranhado que se vai tornando cada vez mais difícil de desatar”, advertiu.

Recordando que Maria, com o seu “sim”, abriu a porta a Deus para desatar o nó da desobediência antiga, o Santo Padre estimulou a esperança: “Mas, para a misericórdia de Deus, nada é impossível!” e continuou lembrando que é a mãe que nos leva a Deus para que Ele desate os nós da nossa alma com a sua misericórdia de Pai.
E ainda estimulou um exame pessoal: “Podemos nos interrogar: Quais são os nós que existem na minha vida? Para mudar, peço a Maria que me ajude a ter confiança na misericórdia de Deus?”

A seguir o Papa Francisco tratou em sua reflexão daquilo que ele ofereceu como segundo elemento para a meditação: “A fé de Maria dá carne humana a Jesus”. O que significa isto, perguntou e logo respondeu que significa que Deus não quis fazer-Se homem, ignorando a nossa liberdade, quis passar através do livre consentimento de Maria, do seu “sim”.

“Em nível espiritual, explicou a Santo Padre, isto acontece também em nós, quando acolhemos a Palavra de Deus com um coração bom e sincero, e a pomos em prática. Deus vem habitar em nós, porque faz morada naqueles que O amam e observam a sua Palavra”. E, logo levantou outra questão que serviria de exame para cada um: “Estamos conscientes disto?”.

“A fé de Maria como caminho”. Este foi o último dos três pontos que o Papa quis sugerir para a reflexão. Para o Papa Francisco “Progredir na fé é seguir Jesus; ouvi-Lo e deixar-se guiar por suas palavras; ver como Ele se comporta e pôr os pés nas suas pegadas, ter os próprios sentimentos e atitudes Dele: humildade, misericórdia, solidariedade, mas também firme repulsa da hipocrisia, do fingimento, da idolatria”.

“O caminho de Jesus é o do amor fiel até ao fim, até o sacrifício da vida: é o caminho da cruz”, disse o Pontífice ao concluir a meditação lembrando que a noite de Sábado Santo, quando Maria passou em vigília: “Quando lhe chegou a notícia de que o sepulcro estava vazio, em seu coração alastrou-se a alegria da fé, a fé cristã na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Este é o ponto culminante do caminho da fé de Maria e de toda a Igreja”.

E o Papa Francisco, mais uma vez estimulou um exame pessoal das atitudes que cada um toma. Ele perguntou, antes de fazer uma última invocação a Maria:

“Como está a nossa fé? Nós, como Maria, a mantemos acesa mesmo nos momentos difíceis, de escuridão? Tenho a alegria da fé?”.

“Esta noite, ó Maria, nós Te agradecemos pela tua fé e renovamos a nossa entrega a Ti, Mãe da nossa fé”. (JSG)

Da Redação – Com informações Rádio Vaticano

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