Arcebispo de Uberaba (MG) destaca que a Fé e a fidelidade são “dons de Deus”
Uberaba – Minas Gerais (Quinta-feira, 03-10-2013, Gaudium Press) Fé e fidelidade, “estas duas palavras estão em crise de identidade”, de acordo com o Arcebispo de Uberaba (MG), Dom Paulo Mendes Peixoto, em seu mais recente artigo.
Para Dom Paulo, as palavras “passam por um processo de esvaziamento e perda de sentido”, pois a “Fé é adesão firme em Deus, que é fiel”, “um fato que supera toda nossa compreensão humana, mas não afeta a liberdade ao tomar decisão. Pelo contrário, livremente a pessoa age com atitude de fidelidade”.
Segundo o Arcebispo, a fidelidade é considerada a prática de quem é fiel ao que faz e tem compromisso sério no cumprimento do que assume e é confiável. “Há um texto bíblico que diz que ‘o justo viverá por sua fidelidade’ (Heb. 2, 4). A infidelidade é o descumprimento de um compromisso de fidelidade e ruptura com consequências desastrosas”, explicou.
A Fé e a fidelidade, conforme escrito por Dom Paulo, “são dons de Deus”, mas também frutos de decisão consciente e responsável, pois “ambas fazem parte da estrutura natural das pessoas, mas precisam ser trabalhadas com sinceridade para que sejam um bem para a sociedade”.
“A falta de fidelidade, em determinadas circunstâncias da vida, pode ser também ameaça à Fé”, alertou.
“A Fé e a fidelidade do outro depende do testemunho que lhe for proporcionado. Não ter uma Fé como fundo de garantia, sem fidelidade, mas como firmeza na adesão aos princípios que contam e que nos levam à realização de vida com dignidade”, completa.
O prelado ainda afirma que “toda pessoa deve estar a serviço do Reino de Deus”, pois, “em vez de ser servido, a Fé e a fidelidade, como condição de vida digna, fazem de nós servidores da comunidade com determinação e coragem”.
Finalizando seu artigo, Dom Paulo constata que estamos vivendo em uma “mentalidade que busca compensação para tudo que se faz numa mentalidade totalmente calculista e muito marcada pelo materialismo, onde o ter passa a ser mais importante do que o ser”, e que, para sermos diferente, “devemos ter dedicação total no servir, mas com o coração aberto e sem interesses puramente vazios. Não é saudável a ambição de poder, de aparecer e de compensação”. (LMI)
Com informações CNBB
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