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“É pedida aos cristãos de hoje a coragem de Paulo”, diz Dom Murilo Krieger

Salvador – Bahia (Terça-feira, 01-10-2013, Gaudium Press) “Há os que se perguntam: quando Paulo se referia ao amor de Cristo, afirmando que se sentia impulsionado por ele, referia-se ao seu amor por Cristo ou ao amor de Cristo por ele?”, perguntou Dom Murilo Krieger, Arcebispo de Salvador (BA), em seu mais recente artigo.dom-murilo-krieger.jpg

Ao escrever sobre a visita de São Paulo a Corinto, cidade marítima grega e que possuía potencial para a expansão do Evangelho, Dom Murilo disse que é preciso entender as afirmações feitas pelo apóstolo quando se referia ao amor de Cristo nestes dois sentidos:

“O amor de Deus é sempre o ponto inicial: Ele não nos ama porque somos bons; nos ama porque ele é bom e é próprio do amor expandir-se. Nosso amor por Deus e pelo próximo é uma resposta a esse amor. Em outras palavras: nós amamos com o amor que Cristo coloca em nosso coração. Esse amor nos pressiona, nos compele, nos impele, nos estimula a amar, dando origem a gestos de doação para com amigos e conhecidos, para com desconhecidos e necessitados”, afirmou.

O Arcebispo assinalou que, ao seguirmos Jesus, “descobrimos que é o rosto de Cristo que está presente no rosto de cada pessoa”, pois, “tendo feito a experiência do amor de Cristo por ele, Paulo sentia necessidade irresistível de levar a outros a experiência que ele próprio havia feito, a ponto de exclamar: ‘Ai de mim se eu não anunciar o evangelho’ (1Cor 9,16)”.

Diante da urgência da missão evangelizadora, disse Dom Murilo, “ele aceitava enfrentar prisões e perseguições, fome, nudez e calúnias. Para ele, o importante era que Cristo fosse conhecido, amado e seguido”.

O prelado refletiu que é pedido aos cristãos de hoje “a coragem de Paulo, mesmo porque surgiram no mundo novos ‘areópagos’ (At 17,19) – isto é, ambientes hostis ao Evangelho, onde Cristo está particularmente ausente”.
“Pensemos, por exemplo, no mundo das comunicações, no da cultura e no das pesquisas científicas, no ambiente das universidades e das relações internacionais… Esses, e muitos outros ambientes, precisam ser iluminados pela luz do Evangelho”, comentou.

Concluindo seu artigo, Dom Murilo pediu para que Cristo nos dê “um coração cheio de ardor apostólico”, capaz de evangelizar com novos métodos, em uma linguagem mais acessível e que “atinja o homem moderno”, convidando o povo a converter-se e criar comunidades “que escutem a Palavra de Deus e estejam unidas na oração e na Eucaristia”. (LMI)

Com informações CNBB

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