O 5º mandamento da lei de Deus, “Não matarás”, ainda está valendo?
Santa Maria – Rio Grande do Sul (Quarta-feira, 25-09-2013, Gaudium Press) “O que está acontecendo em nossa sociedade? Por que tantas mortes em nossa cidade e região? Todos nos perguntamos: o que está havendo? Quais as causas?”
Esses e outros questionamentos, Dom Hélio Adelar Rubert, Arcebispo de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, respondeu em seu mais recente artigo.
De acordo com o prelado, a sociedade encontra-se assustada com a tamanha violência assistida nos telejornais e em nosso meio. “Parece que tudo se centraliza nos crimes, violências e mortes. Cria-se a síndrome do crime e da morte. Será que a vida humana não é mais sagrada? A vida dos animais, que merece cuidado, possui mais valor que a humana?”, questionou.
Para o Arcebispo, podemos aprender no Catecismo “que o assassinato voluntário é gravemente contrário à dignidade do ser humano, à regra de ouro e à santidade do Criador”.
Ao refletir a passagem bíblica de Jesus, quando fazia o Sermão na Montanha (Mt 5,21), Dom Hélio recordou o momento em que Ele enfatizou o preceito “Não matarás” aos seus discípulos, acrescentando “a proibição da cólera, do ódio e da vingança”.
“Jesus diz a seu discípulo que ofereça a outra face e ame os seus inimigos. Ele mesmo não se defendeu e disse a Pedro que deixasse a espada na bainha”, relembrou o Arcebispo.
Segundo o prelado, “toda vida humana, desde o momento da concepção até a morte, é sagrada porque a pessoa humana foi querida por si mesma à imagem e semelhança do Deus vivo e santo”.
São atentados graves contra a vida, citados por Dom Hélio, o homicídio voluntário, o aborto, a eutanásia e o suicídio. Este último, sintetizado pelo Arcebispo de Santa Maria:
“O suicídio contradiz a inclinação natural do ser humano a conservar e perpetuar a própria vida. A vida é um dom de Deus. Não podemos dispor dela segundo nossos critérios. O suicídio é contrário ao amor do Deus vivo”.
Ele ainda escreveu que a doutrina cristã sempre nos ensina o respeito à dignidade das pessoas, o respeito à saúde, à pessoa e à pesquisa científica em favor do ser humano e da natureza, além do devido respeito aos mortos.
Finalizando seu artigo, Dom Hélio ressaltou que “a misericórdia, o perdão, a reconciliação, a justiça e o amor” devem ser “o sustento das famílias e da sociedade”.
“Os crimes contra a vida precisam ser coibidos com firmeza pela justiça. Com Deus no coração, a sociedade se transforma na civilização do amor”, concluiu. (LMI)
Com informações Arquidiocese de Santa Maria
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