Dom Walmor: “a vida sem ritos perde sua interioridade e, assim, corre o risco de cair na superficialidade”
Belo Horizonte – Minas Gerais (Sexta-feira, 13-09-2013, Gaudium Press) “O segundo domingo de setembro é dia de Festa no Santuário Estadual Nossa Senhora da Piedade, Padroeira do Estado de Minas Gerais”.
O anúncio dos festejos em homenagem a Mãe da Piedade feito pelo Arcebispo de Belo Horizonte, Dom Walmor Oliveira de Azevedo, em seu mais recente artigo, explica que a data coincide exatamente com o dia 15, “quando, na liturgia, se celebra Nossa Senhora das Dores, a Mãe da Piedade”.
Dom Walmor afirmou que “reconhecer a importância desse momento é fundamental” para os fiéis, pois “as datas especiais são componentes determinantes do movimento que dá ritualidade à vida de cada pessoa, de uma família e de um povo”.
Enfatizando a questão da ritualidade, o prelado comentou que “a vida sem ritos perde sua interioridade e, assim, corre o risco de cair na superficialidade”, agravando em grandes prejuízos e “comprometendo o sentido de solidariedade, a consciência de povo e os laços culturais”.
“Essa perda impõe ao dia a dia uma rotina que esteriliza o viver e não lhe permite um horizonte altruísta, belo”, disse.
O Arcebispo salientou que celebrar a data em memória da Padroeira “e os sete dias que o precedem; meditando as sete dores de Maria – é um ritual que pode e deve se tornar uma grande fonte de força para os mineiros, com incidências na vivência da Fé e na própria cultura.”
“Vale a pena ter presente que os rituais, mesmo aqueles de gestos simples, abrem caminhos e ampliam horizontes, no conjunto da vida de um povo e no andamento das instituições; qualifica relações interpessoais, tão importantes e urgentes num tempo de individualismos e isolamentos. A vivência de tudo que envolve os ritos, incontestavelmente, impulsiona na direção da fonte de referências que podem transformar a vida, particularmente com a compreensão adequada do caminho para se viver bem”, ressaltou.
Dom Walmor considera os ritos como gestos concretos, “que ordenam a vida com leveza e beleza”, com “força curativa” e propriedades o suficiente para “resgates importantes e criação das condições” que permitam a “reconquista da inteireza do viver, a inserção social e cultural adequadas, bem como a capacidade de contribuir com cidadania”.
“O ritual, com todos os gestos, por mais simples que seja, como a Celebração da Padroeira de Minas, torna-se uma oportunidade de dar à própria alma, na vivência da Fé e na condução da vida, uma nova ordem”.
Ao escrever sobre a importância de Nossa Senhora da Piedade para Minas Gerais, Dom Walmor foi preciso ao ponderar que a Virgem Santíssima “é um legado que tem oficialidade ultrapassando mais de 50 anos”.
O Arcebispo assinalou que “o tesouro desta Fé, enraizado na magnífica arquitetura divina que é a Serra da Piedade” que “congrega o patrimônio paisagístico natural e a herança histórica de grande relevância, merece de todos um grande apreço”.
No final do artigo, Dom Walmor incentivou os fiéis, mesmo que distantes, a celebrar a Festa da Padroeira mineira buscando, através do mesmo silêncio que habita as montanhas da Serra da Piedade, proporcionar um ato de Fé e devoção à Mãe Santíssima:
“Avistando longe, pode se fazer a inigualável experiência de crer, de transformar-se pela força da beleza e de orgulhar-se santamente pelo privilégio deste patrimônio sagrado. A oportunidade é de semear a alegria mineira dessa herança, unir e fortalecer o povo ao celebrar solidariedades. Momento de olhar para Minas e sua padroeira com um amor novo. É festa da Padroeira, de todos os mineiros, uma festa de todos”, concluiu. (LMI)
Com informações Arquidiocese de Belo Horizonte
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