Deus, a escolha certa para nossas vidas
Belém – Pará (Sexta-feira, 06-09-2013, Gaudium Press) O Arcebispo de Belém do Pará, Dom Alberto Taveira Corrêa, em seu novo artigo, escreveu sobre as escolhas que devemos fazer para nossas vidas, e ao mesmo tempo, agradando a vontade do Nosso Senhor sendo felizes consigo mesmos.
Dom Alberto explicou que “desde toda a eternidade, fomos amados e escolhidos por Deus para sermos felizes e santos (Cf. Ef 1,4). Seu plano de amor é descrito nas primeiras páginas do Livro do Gênesis (Cf. Gn 1,1-2,25) de forma magnífica, chegando à conclusão carregada de otimismo, de que ‘Deus viu tudo o que tinha feito, e era muito bom’ (Gn 1,31)”.
Segundo o prelado, o homem e a mulher não foram pensados por Deus como autômatos, “a serem controlados qualquer tipo de controle remoto”, mas sim, “para serem participantes e parceiros na construção da própria aventura de felicidade.”
Ilustrando um pouco mais o seu artigo, Dom Alberto contou sobre a experiência que teve quando conheceu um jovem interno que fazia parte do projeto de reabilitação da Fazenda da Esperança. Ele narrou o momento em que o jovem o mostrava que desejava viver a liberdade, e então, “escolheu percorrer a estrada mais exigente, tornando-se depois uma pessoa integrada na Igreja e na Sociedade.”
“Da mesma forma, todos os discípulos e discípulas de Jesus Cristo, sem exceção, devem confrontar-se, mais cedo ou mais tarde, com o Senhor que lhes pergunta a respeito de suas opções mais profundas, cujas consequências condicionam as decisões cotidianas a serem tomadas. O melhor é decidir-se logo, aprender a usar o magnífico dom da liberdade para buscar o que é digno dos seres humanos, criados à imagem e semelhança de Deus”, ressaltou.
O Arcebispo de Belém afirmou que o testemunho de São Lucas o chamava muita atenção devido a exigência do Evangelista dirigida a muitas pessoas, incentivando-as a buscar a Deus e a renunciar tudo o que tinham para seguir o caminho do Pai.
“Todos serão postos diante da escolha a ser feita, como resposta de amor a quem nos escolheu, concedeu-nos o presente da vida, da liberdade e do caminho de realização e felicidade”, explicou.
Logo depois, indagou os leitores se “é possível passar a vida inteira nesta terra sem fazer esta opção fundamental da existência, escolhendo migalhas, quando fomos feitos para a plenitude de Deus e com Deus, que não exclui a convivência com as outras pessoas e o valor a ser atribuído a tudo o que Deus fez.”
A resposta para esta pergunta, Dom Alberto revelou: “Quando não se faz esta escolha, a vida parecerá uma construção mal planejada e realizada. As frustrações não são necessariamente resultados das eventuais falhas no processo de edificação da existência, mas da falta de clareza nos objetivos a serem alcançados. A zombaria pode vir de dentro ou de fora. A nota baixa dada pela própria pessoa costuma tornar-se um espectro que acompanha anos e anos de uma vida.”
Ao fazer uma pequena comparação, usando o exemplo da parábola do sal contida no Evangelho de São Lucas, o prelado atestou: “O sal é bom. Mas se até o sal perder o sabor, com que se há de salgar? Não serve nem para a terra, nem para o esterco, mas só para ser jogado fora. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça” (Lc 14,35)”.
“Ou somos aquilo que corresponde à nossa vocação, ou então não serviremos para nada, nem para adubo! Que a pequena parábola nos ponha numa crise fecunda, para que não falte ao mundo a presença de quem foi chamado a ser sal, luz e fermento do Reino de Deus”, exortou.
Ainda de acordo com Dom Alberto, a edificação da existência levará em conta as outras pessoas, mais ainda, levará a buscar o bem dos outros. “Se Deus é amado acima de todas as coisas, estas terão sua importância, sem exageros! Os bens materiais serão buscados e ao mesmo tempo compartilhados. Quem fizer a opção por Deus não temerá os desafios, as crises ou perseguições”.
Desta forma, como explicou o Arcebispo, sabendo o que foi escolhido para a nossa própria vida, podemos amadurecer, tendo “a necessária serenidade para buscar novos caminhos”, procurado orientação e apoio em quem possa nos ouvir, aconselhar e acompanhar, pois “esta é uma forma para entender os chamados ‘conselhos evangélicos’ da castidade, pobreza e obediência, proclamados por Jesus para todos os seus discípulos.”
Finalizando seu artigo, Dom Alberto enfatizou: “Quem tiver a coragem de refazer, à luz do Evangelho, suas opções de vida, experimentará que um mundo diferente e novo é possível. Só que precisa começar aqui, dentro do mais íntimo do coração e das escolhas de cada homem e cada mulher, discípulos de Jesus Cristo, que aguarda a todos como missionários do Reino de Deus.” (LMI)
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